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    AstraZeneca confirma acordo para envio de mais IFA à Fiocruz

    Contrato será celebrado em meio a alerta por possível falta de segundas doses a partir do mês que vem

    Leandro Resendeda CNN

     A AstraZeneca Brasil confirmou à CNN que assinará até sexta-feira (11) um contrato com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para o envio de matéria-prima suficiente para a produção de 50 milhões de doses da vacina de Oxford com insumo farmacêutico ativo oriundo da China.

    O acordo servirá para garantir IFA importado e, assim, não interromper a entrega de vacinas entre julho e outubro, mês previsto para o começo da entrega de doses 100% feitas no Brasil. Ainda não foram divulgados detalhes do acordo.

    A Fiocruz já precisou parar a produção das vacinas de Oxford por falta de matéria-prima no mês passado e prevê receber, no próximo sábado (12) um lote de IFA suficiente para garantir doses de vacina ao PNI até julho.

    Como o primeiro lote de vacina 100% nacional só deverá ser entregue em outubro, o vice-presidente da Fiocruz, Marco Krieger, admitiu à CNN que a fundação enfrentará dificuldade para continuar a produção nos meses de agosto e setembro, caso não receba mais IFA. Ontem, em depoimento à CPI da Pandemia, no Senado, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga admitiu a possibilidade de um “hiato” na entrega de doses.

    Risco de falta da segunda dose

    Estimativa feita pelo cientista de dados Apolinário Passos a partir das pautas de distribuição de doses do Ministério da Saúde aponta para um risco de falta de imunizantes para a segunda dose da vacina de Oxford, se mantido o atual cronograma.

    As pautas do MS definem para os estados o quantitativo de doses que deve ser aplicado como primeira dose (D1). Até o começo de junho, 33,1 milhões de doses da vacina de Oxford foram entregues como D1.

    Não houve, ainda, a distribuição de doses para funcionarem como D2 e atenderem ao grupo que se vacinou com as doses de Oxford entre abril e maio e que devem voltar aos postos de saúde em julho e agosto para completar a imunização.

    “Sem mais IFA, o Brasil precisa tomar uma decisão agora para que não faltem doses para completar a imunização de quem se vacinou em abril e maio. Ou segura a aplicação de primeira dose, ou começa a pensar em combinar a imunização com a Pfizer”, alertou o cientista de dados Apolinário Passos, que mantém um portal sobre disponibilidade de vacinas contra covid-19 no Brasil.

    Em nota, a Fiocruz informou que segue em formalização para aquisição de mais IFA importado junto a AstraZeneca. A CNN procurou o Ministério da Saúde para saber sobre o risco de falta de segundas doses e para ter mais detalhes do acordo, mas ainda não teve resposta.

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