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    Correspondente Médico: Quais os riscos do cálculo renal e como prevenir?

    Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou por uma cirurgia para retirada de um cálculo na bexiga e se recupera em SP

    Na edição desta sexta-feira (25) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocientista Fernando Gomes explica como se formam os cálculos renais, quais os riscos e como se prevenir.

    Nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi ao hospital para passar por uma cirurgia para retirada de um cálculo na bexiga. A operação foi realizada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. 

    Em conversa com apoiadores nesta semana, o presidente relatou que o cálculo existe há cinco anos e é maior que um grão de feijão, mas estava ferindo internamente a bexiga. 

    De acordo com Gomes, cálculo renal é uma espécie de “pedrinha que acabou se formando no aparelho ‘uroexcretor'”. “Ou seja, se formou nos rins ou na própria bexiga, que funciona como um reservatório da urina que é formada nos rins”, acrescenta. 

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    Correspondente Médico: o neurocientista Fernando Gomes fala sobre os efeitos de cálculo renal
    Foto: CNN (25.set.2020)

    “Se uma pedra é formada e existe uma precipitação de elementos, como, por exemplo, o cálcio, ela fica, como foi falado, maior do que um grão de feijão e parada nessa região”, descreve.

    Após a cirurgia de Bolsonaro, o hospital informou que “No momento, o paciente [Bolsonaro] encontra-se estável clinicamente, afebril e sem dor”. O boletim é assinado pelos médicos Leandro Santini Echenique, Leonardo Lima Borges e Miguel Cendoroglo.

    A longo prazo, os cálculos renais podem causar obstrução na via de saída da bexiga, o que pode provocar dor e até alteração do funcionamento renal, além de predispor a formação de câncer ou outros problemas mais sérios.

    O médico ainda cita que outros sintomas da migração do cálculo renal podem ser muito desagradáveis. “A pessoa pode ter dor, febre, cólica e até perder sangue na urina. É algo que não é tão grave, mas precisa ser tratado e merece um carinho especial”, defendeu.

    Segundo ele, algumas das pedrinhas podem ser eliminadas de forma espontânea na urina, mas “quando se organizam em um tamanho maior do que a própria uretra, há dificuldade em ser expelida”.

    Diante desses riscos, o médico frisa que é importante executar a retirada de cálculos renais. “Se é um cálculo grande, que atrapalha o funcionamento da bexiga, pode acumular urina, que pode, inclusive, comprometer os rins, que estão na parte superior, provocando até uma insuficiência pós-renal, em alguns casos”, destacou.

    Beber muita água é uma das formas de se prevenir dos cálculos renais. “Evita a formação porque ela acaba diluindo esses elementos que vão, de alguma forma, poder se agregar e formar as pedrinhas. Então, se tenho o hábito de beber água constantemente estou lavando meu sistema urinário e isso é favorável. Não se hidratar é fator de risco”, alerta.

    (Edição: André Rigue)