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    Correspondente Médico: Medo da Covid-19 pode deixar as pessoas doentes?

    Fernando Gomes também abordou os impactos do estresse da raiva

    Na edição desta sexta-feira (10) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre os impactos do medo diante da contaminação do novo coronavírus e o quanto isso afeta o campo psicológico. O médico também falou sobre o estresse pós-traumático durante a pandemia.

    Comentando sobre os atuais números da pandemia no Brasil, que chegou a mais de 1,2 mil mortes nas últimas 24h, ele explicou qual é o sentimento despertado nas pessoas quando pensam no medo de ser infectada pelo novo coronavíus. 

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    “Quando olhamos para um número crescente, é natural a gente se preocupar de uma maneira muito pesada, e isso impacta a população. Estamos falando de uma doença que não tem um tratamento específico, não tem vacina e tem uma mortalidade guardada dentro de sua evolução”, explicou.

    Gomes também explicou que por causa desse avanço da doença, algumas pessoas podem ter um quadro hipocondríaco devido ao pânico e aos ‘falsos sintomas’ da doença.

    “Essa doença trouxe um desafio não só para a população, mas também para a comunidade científica. Neste momento, é preciso avaliar todos os cenários do indivíduo para que possamos chegar a uma conclusão. Mas devido ao medo, a pessoa pode devenvolver ‘falsos sintomas’ que a levam a ter um quadro hipocondríaco. Se o indivíduo está com falta de ar, por exemplo, ele será examinado”, afirmou.

    Pós-traumático 

    O médico também comentou sobre o desaparecimento de Naya Rivera, atriz série “Glee” e o impacto do episódio para o filho de 4 anos, que foi encontrado no barco sozinho. A atriz teve a morte presumida pela polícia de Ventura, onde desapareceu após entrar em um lago no sul da Califórnia.

    “Por volta dos 4 a 5 anos de idade, quando a criança começa a ter o desenvolvimento da linguagem, o processo de memorização dos fatos fica mais eficiente. É um momento de fragilidade, de organização do cérebro da criança e uma notícia dessa, do desaparecimento da mãe, pode impactar e muito o desenvolvimento do cérebro desta criança”, explica. 

    Gomes avalia que, em um momento como este, é necessário que a família da criança esteja presente e dê o suporte necessário. “O que é esperado neste momento é que esta criança irá desenvolver um episódio de pós-traumático de estresse e até mesmo da raiva. Por isso, é necessário o acompanhamento neste momento”, concluiu.

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