Brasil não descarta Pfizer desde que seja aprovada pela Anvisa
Técnicos do governo observaram que, após aberta, a vacina da Pfizer consegue manter a estabilidade durante aproximadamente 8 dias
Apesar de não ser exatamente o perfil desejável de vacina para Brasil, a fabricada pela Pfizer não está descartada, de acordo com técnicos do Ministério da Saúde ouvidos pela CNN, nesta quarta-feira (2).
A vacina requer temperaturas baixas, -70 graus Celsius, para transporte e armazenagem – o que interfere na distribuição das vacinas pelo país. Mas, técnicos do governo observaram, nesta quarta-feira à coluna, que após aberta, a vacina da Pfizer consegue manter a estabilidade durante aproximadamente 8 dias, em temperaturas de 2 a 8 graus Celsius, que são os parâmetros considerados pelo Ministério da Saúde.
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Essa observação mantém a Pfizer no páreo, entre as diversas vacinas que vem sendo avaliadas pelo governo.
Se a vacina for aprovada pela Anvisa, ou seja, tenha a segurança e a eficácia comprovadas, ela será comprada. A CNN apurou que a vacina da Pfizer foi a que compartilhou mais dados até o momento com a Anvisa. Ela está na fase chamada de submissão contínua e já encaminhou documentos com dados até a fase 2 dos estudos, restando apenas as informações da fase 3. Isso a coloca, por exemplo, a frente da vacina de Oxford/Fiocruz que irá refazer testes. Do ponto de vista político, a vacina também se sobrepõe à Coronavac, produzida pela chinesa Sinovac e o governo de João Dória – com quem Bolsonaro trava uma disputa.
Nesta semana, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou que a vacina a ser escolhida pelo Brasil terá que “fundamentalmente” ser termoestável e poder ser armazenada entre temperaturas de 2 a 8 graus.