Estoques baixos de matéria-prima para vacinas preocupam Butantan e Fiocruz
O estoque da vacina de Oxford/AstraZeneca, de acordo com a Fiocruz, vai até o início de junho; envase da Coronavac no Butantan já parou
Tanto o Instituto Butantan como a Fiocruz, responsáveis, respectivamente, pela Coronavac e a vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 no Brasil, estão preocupados com os baixos estoques de matéria-prima para produzir os imunizantes. As informações são da analista da CNN Raquel Landim.
O estoque da vacina de Oxford/AstraZeneca, de acordo com a Fiocruz, vai até o início de junho. A instituição, que envasa 1 milhão de doses por dia, aguarda seis remessas de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nos próximos 50 dias para entregar, então, mais 54 milhões de doses, completando o contrato com o Ministério da Saúde, de 100 milhões de doses.
A situação é ainda mais complicada no Butantan, pois o envase da Coronavac no instituto já parou e as últimas doses já produzidas no Brasil serão entregues na próxima sexta-feira (14).
O instituto espera a chegada de mais IFA, a princípio 10 mil litros, para retomar a produção das 54 milhões de doses que devem ser entregues até agosto.
Segundo um levantamento do Financial Times, as vacinas chinesas contra a Covid-19 respondem, atualmente, por 53% das aplicações na América Latina, enquanto no caso da AstraZeneca é de 28%, Pfizer 14% e Sputnik V 6%.