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    Governador do MT critica lockdown ‘precoce’ e diz: ‘Teremos momento crítico’

    Até quarta-feira (14), o Mato Grosso registrou 29.279 casos confirmados e 1.105 mortes causadas pela Covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde

    O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), criticou, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (15), cidades que fizeram lockdown (confinamento) no início da pandemia da Covid-19. Ele considerou que a medida fez com que população criasse maior resistência ao isolamento social em um momento de alta contaminação, e avaliou que haverá um momento crítico no estado.

    “No mês de março, quando tivemos o primeiro caso, alguns poucos prefeitos fizeram o lockdown no início da pandemia. Quando tínhamos um caso, mandaram fechar o comércio, e isso estressou um pouco a população, causou danos às vidas das pessoas, aos empregos e aos microempresários. E agora, que é um momento crítico, existe uma restrição muito grande das pessoas em querer aderir a esse movimento, assim como está acontecendo pelo Brasil”, avaliou ele.

    Até quarta-feira (14), o estado registrou 29.279 casos confirmados e 1.105 mortes causadas pela Covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo o governador, o estado tem 93% de ocupação das UTIs e em torno de 50% dos leitos clínicos ocupados, além de ter passado por aumento de casos nas últimas semanas e estar com “grande nível de contágio”.

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    Diante disso, Mendes avaliou qual será a situação do estado no restante da pandemia. “Teremos, sim, um momento crítico e vamos superar, assim como há poucas semanas era Manaus, Fortaleza e alguns estados do Nordeste, e isso foi diminuindo”, disse ele.

    Como reação a esse cenário, o governador citou foco em abrir mais leitos e “aposta nas medidas preventivas” – com a prescrição de medicamento, que ele não especificou, logo após o diagnóstico da Covid-19 – e o distanciamento social, que classificou como um “remédio amargo, mas eficiente”.

    “O governo está trabalhando em um protocolo preventivo e apostando em diagnosticar no início, e o médico receitar o medicamento e as pessoas tomarem no início, para ajudar nesse controle e, principalmente, para que elas não precisem ir a uma UTI”, informou.

    Mendes ainda comentou a declaração de que “é mais barato abrir leitos do que fechar a economia” que fez em entrevista à CNN, em 4 de junho. “Quando fechamos drasticamente a economia, causamos danos muito terríveis na vida das pessoas, então não é uma coisa contra a outra. As duas são importantes”, refletiu.

    “Abrir leitos e salvar vidas é importante, mas é também não arruinar a vida, deles porque o desemprego é dolorido e tem gente que morre de fome”, acrescentou ele, que ainda negou ter subestimado o vírus e afirmou que o governo decidiu abrir leitos, mas que isso não foi suficiente no combate à pandemia no estado.

    “Disse isso naquele momento porque o governo fez esse movimento de abrir leitos e apostou nisso, mas lamentavelmente todos os que abrimos não foram suficientes para o nível de contaminação que tivemos até o momento”, concluiu.

    (Edição: Bernardo Barbosa)

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