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    Doria anuncia retomada de obras da linha 6 do Metrô e promete entrega em 5 anos

    Governador afirmou que PPP de R$ 15 bilhões será retomada na terça-feira (6) pela empresa espanhola Acciona, que assumiu concessão do grupo Move São Paulo

    Ilustração com parte da Linha 6-laranja do Metrô de São Paulo; obras serão retomadas nesta semana e devem ser entregues até 2025
    Ilustração com parte da Linha 6-laranja do Metrô de São Paulo; obras serão retomadas nesta semana e devem ser entregues até 2025 Foto: Edson Lopes Jr - 13.abr.2015/ A2AD/ Governo de SP

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (5) a retomada das obras da Linha 6-Laranja do Metrô e prometeu a entrega total do trecho em até cinco anos.

    “Estamos retomando a partir de amanhã, terça-feira (6), as obras da Linha 6 do Metrô que estavam paralisadas desde 2016. As obras recomeçam com investimento de R$ 15 bilhões e geração de 9 mil empregos”, disse Doria, em entrevista no Palácio dos Bandeirantes. O governador disse que a totalidade do investimento será feito pelo setor privado.

    Em fevereiro, o governo de SP havia anunciado o recebimento do contrato de cessão assinado entre a concessionária Move São Paulo e o grupo espanhol Acciona, que assumiu a obra.

    Na ocasião, Doria disse que a expectativa era assinar o contrato com a nova concessionária em até 45 dias, mas os planos foram suspensos em razão da pandemia do novo coronavírus.

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    A Linha 6-Laranja do Metrô terá 15,3 km e ligará a região de Brasilândia e Freguesia do Ó à região central de São Paulo, atendendo mais de 630 mil passageiros por dia. O trajeto deverá ser feito em até 23 minutos – atualmente, o tempo médio é de 1h30 por meio de ônibus, de acordo com o governo estadual.

    O trecho terá integração com as linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô, além das linhas 7-Rubi e 8-Diamante, ambas da CPTM.

    O governo diz que, desde o início da implantação do trecho, já gastou R$ 694 milhões para pagamento de obras civis e R$ 984 milhões para as desapropriações de 371 locais.

    A construção da Linha 6-Laranja teve início em janeiro de 2015, mas foi interrompida em 2 de setembro de 2016 pela Move São Paulo que alegou dificuldades na obtenção de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), especialmente pelo envolvimento das empreiteiras brasileiras na Operação Lava Jato.

    Ao falar sobre a transferência da concessão da Move São Paulo para a Acciona, o secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy, afirmou que a opção foi vantajosa para o estado pois evitou a necessidade de nova licitação e também interrompeu processos jurídicos que estavam em curso.

    “O grupo espanhol Acciona, que faz a aquisição do consórcio Move São Paulo, realizou todas as condições precedentes para o estado, sob coordenação da Procuradoria-Geral de São Paulo, realizar a transferência da concessão”, disse Baldy.

    “A Move São Paulo também desistiu desiste de todas ações judiciais e das arbitragens, o que gera uma potencial economia da ordem de R$ 1,3 bilhão que o estado poderia ser obrigado a custear”, completou.

    Baldy afirmou que se os processos continuassem em andamento, a previsão mais conservadora do governo para poder concluir as obras seria 2028. “Ganhamos em termos de prazo e nessas desistências realizadas na data de hoje.”