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    ‘Se Minas tivesse 17 vezes mais casos, ainda estaríamos tranquilos’, diz Zema

    Governador diz que situação do novo coronavírus em Minas Gerais é estável, e que por conta disso planeja reabertura

    Da CNN, em São Paulo

    Assim como São Paulo e Goiás, o estado de Minas Gerais também vai iniciar processo de reabertura e retomada econômica de forma “gradual, segura e criteriosa” nas próximas semanas, disse o governador Romeu Zema (Novo) em entrevista para a CNN nesta terça-feira (21). De acordo com Zema, a situação de leitos no estado é positiva, o que traz segurança para realizar a reabertura.

    “Minas Gerais tem apenas 3% dos leitos de UTI ocupados por pessoas com a COVID-19. Se tivéssemos 17 vezes mais casos, ainda teríamos leitos suficientes”, afirmou.

    Zema disse que o governo do estado vai estabelecer um protocolo de reabertura, mas que a palavra final será dada pelos prefeitos.

    “O que estarei fazendo é um protocolo que vai orientar cada prefeito que quiser liberar algumas atividades na cidade, citando quais são mais prioritárias e menos prioritárias. Vamos levar em conta também a disponibilidade de leitos de UTI para conduzir uma reativação gradual e segura. Cada cidade é um caso, mas posso adiantar que as regiões que fazem divisa com Bahia e Distrito Federal foram as menos afetadas”, disse.

    Segundo o Ministério da Saúde, até esta terça, Minas Gerais havia registrado 1.230 casos de COVID-19 e 44 mortes em decorrência do novo coronavírus.

    Ajuda do governo federal

    Zema foi um dos poucos governadores que não assinou carta em apoio aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em meio ao embate do Congresso com o governo federal sobre o plano de ajuda a estados e municípios. Ele negou que adotar uma posição de não confrontar o Palácio do Planalto tenha relação com o pedido de ajuda financeira ao estado. Segundo ele, “não é questão de omissão, é questão de posicionamento”

    “Cabe, na minha opinião, ao presidente, aos chefes da Câmara, do Senado, chegarem a um entendimento”, disse. “Cada macaco no seu galho. Tenho muitos problemas para resolver em Minas, e não gostaria de estar opinando de forma distante sobre aquilo que não conheço detalhes e não estou a par”.

    Zema disse que os recursos do pacote de ajuda aos estados são imprescidíveis e que o novo acordo que está sendo costurado pelo Congresso e o governo federal é positivo.

    “Minas irá perder até o final do ano, em arrecadação, cerca de R$ 7,5 bilhões, o que vai inviabilizar nossa gestão. Então, sou da opinião que o governo federal precisa ajudar com valor condizente a nossas perdas. A recomposição deve ser feita baseada nos valores que os estados estão perdendo, mais justo do que um valor fixo. Mas tem que haver, sim, contrapartida por quem estará recebendo os recursos”, afirmou.