Como a exclusão digital prejudica o acesso a serviços públicos
Quase um quarto do público alvo do auxílio emergencial, que são as pessoas que vivem com meio salário mínimo por mês, não recebeu o benefício no ano passado em função da exclusão digital, segundo uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira (Cemif) da Fundação Getúlio Vargas. Os pesquisadores concluíram que pessoas das classes D e E foram as que tiveram mais dificuldade em solicitar e receber o auxílio por não terem acesso a um telefone celular, à internet ou mesmo por falta de habilidade para lidar com o aplicativo para obter o benefício.
Neste episódio do E Tem Mais, Carol Nogueira conversa com Lauro Gonzalez, coordenador do Cemif-FGV, que foi um dos responsáveis pela pesquisa, sobre como a exclusão digital prejudica o acesso a serviços públicos que dependem de aplicativos ou cadastros online. Também participa da conversa Diogo Moyses, coordenador do programa de telecomunicações e direitos digitais do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e membro do conselho da Coalizão Direitos na Rede. No episódio, Moyses comenta como a pandemia agravou ainda mais o problema da exclusão digital no país e aponta caminhos para que outros programas sociais, como o Bolsa Família, sejam digitalizados sem o risco de deixar de fora o público prioritário.
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