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    Rodízio em SP aumenta uso de ônibus, mas lotação total está abaixo da média

    Nos primeiros dias da medida, uso de coletivos ficou em 35% do que era registrado antes da quarentena

    Paula Forster, Bruna Gavioli e Carla Bridi Da CNN, em São Paulo

    O uso do transporte público aumentou na cidade de São Paulo após o início do megarrodízio na última segunda-feira (11). Dados da Companhia São Paulo Transporte (SPTrans) apontam que houve 270 mil passageiros a mais nos ônibus da cidade no primeiro dia de rodízio, em comparação à segunda-feira anterior, dia 4 de maio. Já na terça-feira, 12, o aumento foi de 135 mil passageiros em comparação à média diária registrada na semana anterior, totalizando 1,57 milhão de passageiros na terça. 

    Apesar do aumento, os números ainda são inferiores ao total de passageiros que circulavam nos ônibus de São Paulo antes do início da quarentena do coronavírus na cidade. A média diária de passageiros era de 4,5 milhões de pessoas. Assim, o total registrado na terça-feira representa 35% da média normal. 

    O prefeito Bruno Covas anunciou a implementação do megarrodízio em São Paulo na semana passada, como uma tentativa de aumentar os índices de isolamento social na cidade e evitar a possibilidade de lockdown, restrição completa de movimentação adotada em diversos países para evitar o aumento do contágio pelo coronavírus. Segundo a regra adotada pelo municípios, veículos com placa de final par só podem circular em dias pares e veículos com placa de final ímpar só circulam em dias ímpares.

    Apesar da diminuição dos índices de congestionamento e lentidão registrados na cidade, e a redução do número de veículos em circulação, divulgada pela prefeitura em 1,5 milhão de carros a menos, os índices de isolamento em São Paulo permaneceram abaixo de 50% nesta semana. O ideal para conter o avanço do coronavírus é estimado em 60%. 

    Para compensar a restrição de veículos, Covas acrescentou mil ônibus à frota em circulação em São Paulo, alvo de críticas, já que a restrição aos carros poderia aumentar as aglomerações em transporte público. Atualmente, 8,3 mil ônibus compõem a frota da cidade, já contando com o acréscimo anunciado pelo prefeito, o que corresponde a 65% dos coletivos disponíveis na cidade. Outros 600 ônibus estão estacionados em bolsões próximos aos terminais de ônibus, e são acionados caso aumente a demanda dos passageiros.

    A CNN entrou em contato com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) do estado de São Paulo para obter dados de número de passageiros no metrô e nos trens que abastecem a capital, mas até a publicação desta reportagem, não obteve retorno.