Pará já tem 91% dos leitos de UTI ocupados, segundo Helder Barbalho
Governador afirma que o estado se movimenta para comprar mais respiradores para expandir sua capacidade de leitos de tratamento intensivo contra o coronavírus
O estado do Pará é uma das unidades da federação com mais problemas para enfrentar o coronavírus, com o sistema de saúde local quase no limite. Em entrevista para a CNN, o governador do estado, Helder Barbalho (MDB), disse que 91% dos leitos de UTI no Pará estão ocupados, e que somente nesta quinta-feira (30), 63 pessoas morreram.
“Estamos com 91% dos leitos de UTI do estado ocupados, se fizermos um recorte apenas para a região metropolitana de Belém, esse percentual é de quase 100%. No total de leitos clínicos, temos ocupação de 55%”.
Ele explica que o estado já está se movimentando para comprar mais respiradores para expandir sua capacidade de leitos de tratamento intensivo, mas que as entregas devem chegar em meados de maio.
“Ainda hoje pretendemos abrir mais 9 leitos de UTI, e temos a expectativa de receber 60 novos respiradores do Governo Federal. Adquirimos da China 200 novos respiradores, com previsão de chegar em 3 de maio, que permitirá a abertura de 200 novas vagas de UTI. Uma nova leva irá chegar no início de maio, contabilizando um total de 400 respiradores no Pará”.
Sobre o pacote de ajuda aos estados, cujo texto foi apresentado nesta quinta-feira (30) pelo relator do texto, o presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), Barbalho disse que ele e sua equipe estão analisando, mas mostrou preocupação com a partilha dos R$ 50 bilhões destinados a compensar a perda de arrecadação com os impostos ICMS e ISS.
“Estamos avaliando tecnicamente o acordo do Senado, mas nos preocupa a redução do valor de ajuda. Temos que avaliar os critérios adotados, como o critério de divisão dos R$ 50 bilhões, que trata estados e municípios na mesma proporção. Se o desejo é reparar perdas de ICMS e ISS, não pode ter igualdades nas divisões destes valores, uma vez que os valores arrecadados pelo ICMS é muito maior que o ISS. Equiparar os dois tributos é um equívoco”.