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    Rio: Paes confirma fechamento de praias e diz que pode aumentar restrições

    Prefeito da capital fluminense pediu abertura de leitos federais, ações coordenadas com municípios e consciência da população para conter pandemia de Covid-19

    Eduardo Paes (DEM), prefeito do Rio, pediu coordenação com municípios vizinhos e apoio da população
    Eduardo Paes (DEM), prefeito do Rio, pediu coordenação com municípios vizinhos e apoio da população Foto: Daniel Resende/Enquadrar/Estadão Conteúdo

    Stéfano Salles, da CNN no Rio de Janeiro 

    Eduardo Paes (DEM), prefeito do Rio de Janeiro, confirmou nesta sexta-feira (19), durante  apresentação semanal do Boletim Epidemiológico da cidade, o fechamento das praias e áreas de lazer no fim no semana e sugeriu que deve adotar mais medidas restritivas na próxima semana para conter o avanço do novo coronavírus.

    Depois de detalhar os termos do decreto com as restrições que valerão a partir deste sábado (20), ele cobrou a abertura de leitos na rede de unidades federais na cidade – Paes disse manter tratativas sobre o assunto com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e com o futuro ocupante da pasta, Marcelo Queiroga. 

    “Nós temos hoje entre 300 e 350 leitos que poderiam ser abertos. Já conversei com o ministério para que possam colocar em regulação os leitos federais. Essa semana nós abrimos 100 leitos. A cidade dispõe de grande quantidade de leitos públicos e hospitais de campanha são desnecessários. O Rio não precisa de hospitais de campanha, precisa dos que têm, com os leitos que tem, funcionando”, afirmou Paes. 

    O prefeito destacou ainda que é necessário que sejam tomadas decisões em âmbito metropolitano, reunindo os demais municípios da região, da qual a capital é o centro. À população, Paes endereçou um apelo à consciência, reforçou que a situação é preocupante, e pediu compreensão. E confirmou que essas medidas são a primeira etapa de uma fase de mais restrições, que devem ser anunciadas na próxima semana, após reunião do comitê científico. 

    “Estamos vivendo uma situação muito crítica. Vamos ter ainda na segunda-feira (22) medidas ainda mais restritivas que vão valer a partir da semana que vem, como a antecipação de feriados, entre outras. No entanto, qualquer decisão que seja tomada sem a adesão de municípios vizinhos será menos eficaz. Não vou deixar de tomar medidas porque outros municípios não tomaram, mas seria importante que houvesse uma decisão conjunta”, afirmou.

    Em caso de descumprimento das medidas, o prefeito lembrou que há a imposição de uma multa de R$ 546,42, destacou que os agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) farão fiscalização e não descartou o emprego de força policial para tirar as pessoas das praias. 

    O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, destacou que o Ministério da Saúde se comprometeu a abrir de imediato 80 leitos na rede federal da cidade, e que há tratativas para que 300 sejam abertos nas próximas semanas. O secretário reforçou o apelo para que a população e os setores econômicos da cidade entendam a gravidade do momento enfrentado. 

    “A gente tem uma nova variante, P.1, que está circulando intensamente. Pode ser mais grave que a variante anterior. É o momento de evitar qualquer tipo de circulação. Não é o momento nem de perguntar se pode fazer festa. Todo mundo precisa ficar muito atento”, disse Soranz. 

    “Eu posso tomar banho de mar? Posso fazer festa? Não pode. Você tem que ter consciência de ficar em casa. Pessoas vão morrer. Não saiam. Evitem qualquer tipo de exposição desnecessária, a regra é muito clara. Não é o momento, não é nem o momento de perguntar isso”, enfatizou.

    A taxa de ocupação em leitos da rede SUS no município é de 95%, de acordo com o Painel Coronavírus Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde.