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    ‘Super-rodízio’ aumenta uso do transporte público, diz especialista

    Especialista em mobilidade urbana defendeu uso de transporte individual para evitar riscos de contaminação em ônibus, metrôs e trens

    Especialista em mobilidade urbana, o professor Luiz Vicente Figueira de Mello Filho, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, afirmou à CNN, nesta quinta-feira (14), que o transporte público deve ser evitado para diminuir as chances de contaminação pela Covid-19, que são maiores em ônibus, metrôs e trens.

    “Nesse momento o ideal é utilizar o transporte individual, que pode ser também uma bicicleta, para reduzir esse risco de contaminação e desestimular o transporte público, porque o risco de contaminação é muito grande”, afirmou ele.

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    De acordo com o professor, a migração para o transporte público causada pelo rodízio ampliado em São Paulo está aumentando a chances de contágio. “Se a gente pegar um ônibus com 50 passageiros e colocá-los em carros, nós temos dois quarteirões e meio de automóveis enfileirados. Num vagão de metrô, que pode ter 300 pessoas, teremos 1,5 km de carros, então por mais que essa medida seja muito boa visualmente para reduzir o tráfego de veículos na cidade, nós temos um risco muito maior em função desse fluxo de pessoas no transporte público”, avaliou.

    “Além disso, temos o tempo de viagem maior em relação ao automóvel, que é mais seguro, neste momento, com menor tempo de trajeto e risco de contato”.

    Segundo o especialista, a solução para diminuir o tráfego e o uso de transporte público é fazer um “trabalho educacional”. “Campanhas são muito efetivas neste momento.”

    Rodízio ampliado

    Válido para toda a cidade de São Paulo, o rodízio ampliado está em vigor durante as 24h do dia desde segunda-feira (11). Antes, ele acontecia em dois períodos, das 7h às 10h e das 17h às 20h.

    Agora, carros com placas de final ímpar (1, 3, 5, 7 e 9) só poderão circular nos dias ímpares. Os carros com placa final par (0, 2, 4, 6 ou 8) só poderão circular nos dias pares. Essa é a mudança importante em relação à regra anterior: o número da placar define quem deve circular. No modelo antigo, o número da placa definia restrição de circulação.

    O descumprimento do rodízio rende multa de R$ 130,16 ao infrator além da perda de quatro pontos na sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

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