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    Escolas particulares de SP se queixam de não serem ouvidas sobre volta às aulas

    Sindicato que representa estabelecimentos manifesta intenção de que retomada possa ser antecipada para as instituições privadas

    Cubetto está sendo usado por escolas e pais para ensinar programação a crianças a partir de três anos (23.abr.2018)
    Cubetto está sendo usado por escolas e pais para ensinar programação a crianças a partir de três anos (23.abr.2018) Foto: Primo/Divulgação

    Guilherme Venaglia, da CNN em São Paulo

    Em nota divulgada na noite desta quarta-feira (24), o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieesp), que representa as escolas particulares, se queixou da gestão do governador João Doria (PSDB). O Sieesp afirma que não foi consultado sobre o plano de retomada anunciado pelo governador e pretende estar dissociado da volta das escolas públicas.

    “A escola particular não pode ser culpabilizada e nem ser refém do demorado tempo das redes públicas estaduais e municipais, que ainda não estão preparadas para promover a volta dos seus alunos à sala de aula”, afirmou, em nota, o presidente do sindicato, Benjamin Ribeiro da Silva.

    Ribeiro afirmou que a marcação da data de 8 de setembro, anunciada por Doria, “causou estranheza”. Ele alega que ainda havia pendência de uma nova reunião com a participação do Sieesp para que o assunto fosse discutido.

    O presidente do sindicato afirma que as escolas particulares, apesar de quererem voltar antes, pretendem adotar protocolos ainda mais rígidos que os das escolas públicas. Segundo a nota, a intenção é adotar uma presença, no primeiro momento, de apenas 20% dos alunos de cada vez. O governo de São Paulo prevê que a primeira etapa parta de 35% de presença.

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    Segundo os números do Sieesp, as escolas particulares abrangem 2,4 milhões de alunos, o que corresponde a 24% dos matriculados no ensino básico. Em conversa com a analista da CNN Thaís Herédia, Benjamin Ribeiro da Silva afirma que as escolas estão sofrendo com um alto índice de inadimplência.

    O plano anunciado pelo governador João Doria prevê três fases, sendo a primeira com 35%, a segunda com 70% e a terceira aí sim com 100% de comparecimento. O plano prevê distância de 1,5 metro entre os alunos e a presença rotativa dos estudantes.