Escolas particulares de SP se queixam de não serem ouvidas sobre volta às aulas
Sindicato que representa estabelecimentos manifesta intenção de que retomada possa ser antecipada para as instituições privadas
![Cubetto está sendo usado por escolas e pais para ensinar programação a crianças a partir de três anos (23.abr.2018) Cubetto está sendo usado por escolas e pais para ensinar programação a crianças a partir de três anos (23.abr.2018)](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/06/1176_CACC4B4418865FAA.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
Em nota divulgada na noite desta quarta-feira (24), o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieesp), que representa as escolas particulares, se queixou da gestão do governador João Doria (PSDB). O Sieesp afirma que não foi consultado sobre o plano de retomada anunciado pelo governador e pretende estar dissociado da volta das escolas públicas.
“A escola particular não pode ser culpabilizada e nem ser refém do demorado tempo das redes públicas estaduais e municipais, que ainda não estão preparadas para promover a volta dos seus alunos à sala de aula”, afirmou, em nota, o presidente do sindicato, Benjamin Ribeiro da Silva.
Ribeiro afirmou que a marcação da data de 8 de setembro, anunciada por Doria, “causou estranheza”. Ele alega que ainda havia pendência de uma nova reunião com a participação do Sieesp para que o assunto fosse discutido.
O presidente do sindicato afirma que as escolas particulares, apesar de quererem voltar antes, pretendem adotar protocolos ainda mais rígidos que os das escolas públicas. Segundo a nota, a intenção é adotar uma presença, no primeiro momento, de apenas 20% dos alunos de cada vez. O governo de São Paulo prevê que a primeira etapa parta de 35% de presença.
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Segundo os números do Sieesp, as escolas particulares abrangem 2,4 milhões de alunos, o que corresponde a 24% dos matriculados no ensino básico. Em conversa com a analista da CNN Thaís Herédia, Benjamin Ribeiro da Silva afirma que as escolas estão sofrendo com um alto índice de inadimplência.
O plano anunciado pelo governador João Doria prevê três fases, sendo a primeira com 35%, a segunda com 70% e a terceira aí sim com 100% de comparecimento. O plano prevê distância de 1,5 metro entre os alunos e a presença rotativa dos estudantes.