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    Estudantes e indústrias produzem máscaras de proteção para doação a hospitais

    Máscaras do tipo face-shield fazem parte dos EPIs e estão em falta em hospitais públicos e particulares devido ao avanço do coronavírus

    Carla Bridi e Paula Foster, , da CNN, em São Paulo

    A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em hospitais devido à pandemia do coronavírus fez com que indústrias e grupos de pesquisa de manufatura aditiva em todo o mundo criassem uma rede de troca de informações para produzir máscaras do tipo face-shield, com o objetivo de aumentar a segurança de profissionais da saúde.

    As máscaras, que em tradução literal significam “escudo facial”, servem como uma primeira barreira física para impedir a propagação de vírus e bactérias, e têm sido úteis para médicos e enfermeiros no combate à COVID-19. Elas não devem servir como único objeto de proteção facial, ainda sendo necessário o uso de máscaras descartáveis e óculos de proteção por baixo.

    A estrutura das máscaras, uma tiara de plástico que fica presa na cabeça, é produzida rapidamente por meios de impressoras 3D. O tempo médio de produção varia de uma a duas horas. Em seguida, a lâmina de plástico que cobre o rosto é encaixada na peça. Elas podem durar até 180 dias, desde que sejam higienizadas depois de cada uso com peróxido de hidrogênio, técnica restrita a hospitais.

    O acesso fácil a essas máquinas fez com que um grupo de alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (EESC-USP), liderados pela professora Zilda de Castro Silveira, começassem a produzir as máscaras face-shield e distribuí-las para testes na Santa Casa de São Carlos, no interior de São Paulo. Mais de 200 máscaras foram produzidas na primeira semana pela USP, e já estão em uso no hospital.

    “Esse trabalho nasceu da necessidade de auxiliar os profissionais da área de saúde, visto que a gente pode perceber que não tem o material mínimo nos hospitais públicos, e agora se percebeu isso até nos privados. Então, a gente fez uma força tarefa, tem uma rede mundial de manufatura aditiva que se movimentou”, afirma a professora Zilda, que é membro do Núcleo de Manufatura Avançada (Numa).

    O projeto é feito em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que apoia o Numa.

    Um grupo de indústrias filiadas à Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (Abinfer), espalhadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul iniciaram a produção de máscaras face-shield nessa semana também conectadas com a rede de apoio de indústrias e pesquisadores de manufatura aditiva. O grupo pretende doar 400 mil máscaras ao Ministério da Saúde na semana que vem.

    Impressora 3D cria mascara de proteção a profissional da saúde
    Impressora 3D cria mascara de proteção a profissional da saúde
    Foto: EESC-USP/Divulgação

     

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