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    Professores entram na Justiça contra volta às aulas no estado de SP

    Organizações argumentam que retorno às escolas pode aumentar contágio pelo novo coronavírus e colocar a saúde dos profissionais em risco

    Sindicatos de professores entraram com ação para impedir retomada de aulas em SP
    Sindicatos de professores entraram com ação para impedir retomada de aulas em SP Foto: Reprodução/CNN

    Estadão Conteúdo

    Entidades ligadas aos professores de São Paulo entraram com ação civil pública na Justiça contra a volta das aulas presenciais no estado.

    O retorno de atividades presenciais para reforço escolar está previsto para o dia 8 de setembro em municípios na fase amarela do plano de reabertura, que autorizarem a retomada.

    Na cidade de São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) já informou que o retorno não será na semana que vem. Para as atividades curriculares em todo o estado, o retorno é previsto em 7 de outubro.

    O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o Centro do Professorado Paulista (CPP), o Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação (Afuse) e a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) argumentam que o retorno às escolas pode aumentar o contágio pelo novo coronavírus e colocar a saúde dos profissionais em risco.

    As escolas públicas e particulares de São Paulo estão fechadas desde março, para conter a disseminação do coronavírus. Algumas cidades paulistas, como Itu, Sorocaba e Cotia, já autorizaram, em decreto, a volta de pelo menos parte das escolas em setembro. 

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    Segundo o governo estadual, 128 municípios já teriam sinalizado intenção de reabrir escolas na próxima semana.

    A ação solicita liminar para que seja cancelada a programação de volta às aulas durante a pandemia e pede que todas as escolas, públicas e privadas, continuem fechadas, com ensino remoto. 

    “Requer, ainda que não se possa exigir ou estimular, de forma alguma, o comparecimento dos profissionais da educação, nas redes pública e privada, a atividades presenciais nesse período”, informam as entidades.

    Diretrizes para o retorno

    Nesta semana, o governo de São Paulo divulgou as diretrizes para a volta às aulas nas redes pública e privada de ensino. O retorno, a partir do dia 8 de setembro, será permitido apenas para atividades não curriculares, em cidades que estejam há pelo menos 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo. 

    A diretriz é priorizar os 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e o 3º do médio, etapas consideradas decisivas no processo de aprendizagem.

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    Nos últimos dias, municípios que se enquadram na fase amarela do plano de reabertura publicaram decretos em que liberam parte das escolas a retomarem as atividades em setembro. Na capital paulista, esse retorno em 8 de setembro já foi descartado pelo prefeito tanto para a rede pública quanto para a particular.

    Na Grande São Paulo, em Santo André, Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, os prefeitos já anunciaram que a reabertura das escolas nas redes públicas municipais também está totalmente descartada no ano letivo de 2020. 

    Municípios como São Bernardo e Guarulhos descartam volta de atividades presenciais em setembro. Em Campinas, redes pública e privada devem voltar em outubro.

    Outras cidades, porém, autorizaram a abertura apenas de escolas particulares ou estaduais. 

    É o caso de Sorocaba, que, em um decreto publicado no dia 27 de agosto indica que o retorno das aulas presenciais na rede pública municipal será apenas em 2021. Em relação à rede privada, a prefeitura autorizou a retomada gradual das atividades presenciais a partir do dia 8 de setembro, “desde que observadas, integralmente, as condições estabelecidas pelo Plano São Paulo”.

    O decreto de Sorocaba autoriza também a retomada das atividades presenciais na rede estadual. “Todavia, a determinação do retorno e demais informações ficam sob responsabilidade da Diretoria de Ensino de Sorocaba.” 

    Em consulta aos pais de estudantes de Sorocaba, 84,8% disseram preferir que estudantes não retornem às aulas presenciais.

    (Edição: Sinara Peixoto)