Bahia registra tremores pelo terceiro dia consecutivo
Segundo a Rede Sismográfica Brasileira, o primeiro tremor ocorreu às 3h31 (horário local) e teve magnitude 2.0 na escala Richter
Pelo terceiro dia consecutivo, moradores do Vale do Jiquiriçá, no interior da Bahia, próximo ao Recôncavo, sentiram a terra tremer.
Moradores de São Miguel das Matas relataram que o primeiro tremor desta terça feira (1º) foi sentido nas primeiras horas do dia. E o segundo, ao amanhecer.
Moradores da cidade de Amargosa também sentiram a terra tremer nas duas vezes. Por lá, também em baixa intensidade.
Segundo a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), o primeiro tremor ocorreu às 3h31 (horário local) e teve magnitude 2.0 na escala Richter. O segundo ocorreu às 6h36 e teve magnitude 2.4.
Os tremores duraram poucos segundos na região, mas também puderam ser sentidos em outras cidades como Laje e Brejões, sobretudo na zona rural.
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O prefeito de São Miguel das Matas, Zé Renato, disse que só percebeu o segundo tremor, agora de manhã, e que foi de baixa intensidade, porém perceptível.
Ele disse ainda que entrou em contato com a Defesa Civil do Estado para solicitar o envio de sismógrafos para a região para detectar com precisão as vibrações da Terra.
O superintendente estadual da Defesa Civil confirmou que “a partir da próxima quinta feira (3), equipes da Defesa Civil do Estado, juntamente com geólogos do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, estarão na região de São Miguel das Matas, Amargosa e Mutuípe, para a instalação de uma rede de nove sismógrafos”.
A Defesa Civil da Bahia ainda não recebeu informações sobre a magnitude dos novos tremores desta terça-feira. Não há registro de feridos, nem novos danos a imóveis.
Enxame sísmico
De acordo com sismólogos da RSBR, essa sequência de eventos indica a possibilidade de um enxame sísmico.
Diferente dos eventos normais, os enxames sísmicos são caracterizados pela ocorrência de uma sequência de tremores em uma mesma região, durante um determinado período de tempo, às vezes de dias ou até semanas. Em geral, o padrão de ocorrência é o seguinte: ocorrem primeiramente eventos de menor magnitude (precursores) depois um evento mais forte (ou às vezes dois), chamado de evento principal, e em seguida eventos menores, conhecidos como réplicas. Esse é o padrão que está sendo observado na região de Amargosa na Bahia.
(Com colaboração de Layane Serrano)