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    Denúncias por falta de leitos no Rio dobram em um mês, diz Defensoria Pública

    Procura por internação também sobrecarrega Poder Judiciário

    Pauline Almeida, Thayana Araújo e Cleber Rodrigues, da CNN, no Rio de Janeiro 



     

    O aumento de casos de Covid-19 no Rio de Janeiro e, consequentemente, a procura por leitos nos hospitais fluminenses, têm sobrecarregado não apenas o sistema de saúde, mas também o Poder Judiciário também.

    De acordo com a Defensoria Pública do RJ, o número de denúncias dobrou em novembro na comparação com outubro. No topo do ranking de ações movidas pelo órgão está a busca por um leito, não só para pacientes com coronavírus, mas para pessoas com outras comorbidades.

    Dona Marina de Fátima de Carvalho, de 66 anos, é uma delas. Segundo a família, ela tem um problema grave no coração e, por recomendação médica, precisa de internação em uma UTI. A família conta ainda, que a paciente já tem três decisões favoráveis na Justiça, mas a mulher fluminense segue aguardando o cumprimento da decisão. 

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    De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, até a manhã desta segunda-feira (7), 452 pessoas aguardavam na fila para transferência para um leito de Covid-19, no Rio. Desses, 242 para UTI, destinado a pacientes graves da doença. 

    Na rede estadual, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 78%. Já na capital, 92% dos leitos de UTI estão ocupados. O estado já ultrapassou os 371 mil infectados e já são mais de 23 mil vidas perdidas para o novo coronavírus. 

    Na última sexta, o governo do Rio e a prefeitura anunciaram a abertura de 386 leitos exclusivos para o tratamento da Covid-19 até o dia 18 de dezembro. Ainda na sexta, três unidades do estado, duas em São Gonçalo e uma em Volta Redonda, começaram a fazer a testagem da população fluminense. O agendamento acontece através do aplicativo Dados do Bem, no qual o morador preenche um questionário e passa por uma análise antes de ser convocado para o teste do tipo RT-PCR.

     

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