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    Dólar sobe a R$ 5,31 após ata do Fed; Ibovespa recua com correção em commodities

    Banco central dos Estados Unidos sinalizou que pode reduzir estíulos à economia gradualmente

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar saltou 1,17% nesta quarta-feira, negociado a R$ 5,3167, impulsionado por um movimento global de fortalecimento da divisa norte-americana após o banco central dos Estados Unidos oferecer o primeiro sinal mais claro sobre futuras discussões internas acerca de redução de estímulos.

    Na B3, o Ibovespa fechou em queda em dia de correção nas ações de commodities. O índice recuou 0,28%, aos 122.636 pontos.

    A ata do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) mostrou que os agentes concordaram que a economia norte-americana permanecia longe dos objetivos do banco central, com alguns de olho em uma discussão futura de redução gradual dos estímulos monetários. 

    Várias autoridades do Fed pensaram que, caso a economia continue a progredir rapidamente, seria apropriado, “em algum ponto” das próximas reuniões, começar a discutir uma redução das medidas de estímulo monetário.

    Entre as commodities, o dia foi de correção nos preços. As ações da CSN (CSNA3) caíram 3,98% e a Vale (VALE3) pressinou o Ibovespa com queda de 2,05%. Gerdau (GGBR4) e Uminas (USIM5) recuaram 1,1%. Os futuros do vergalhão de aço recuaram mais de 5% na China nesta quarta-feira. O minério de ferro também recuou.

    Internamente, o mercado ficou de olho no depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, à CPI da Pandemia.

    Lá fora

    Os principais índices de Wall Street caíram pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira, com investidores abandonando ativos mais arriscados em meio a receios de que o aumento da inflação possa forçar o Federal Reserve a reduzir seu suporte monetário em breve.

    O Dow Jones teve queda de 0,48%, aos 33.896 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,29%, aos 4.115 pontos. O Nasdaq recuou 0,03%, aos 13.299 pontos.

    “Não há dúvida de que as preocupações com a inflação invadiram a cabeça do investidor, o que pesará sobre as ações de tecnologia, e provavelmente veremos os rendimentos dos títulos subirem”, disse Randy Frederick, vice-presidente de operações e derivativos da Charles Schwab em Austin, no Texas.

    As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira (19) seguindo o fraco desempenho de Wall Street ontem, em meio a renovadas preocupações com o avanço mundial da inflação, que pode forçar grandes bancos centrais a retirar medidas de estímulo mais cedo do que se imaginava.

    O índice acionário japonês Nikkei caiu 1,28% em Tóquio, a 28.044,45 pontos, enquanto o Xangai Composto – o principal da China – recuou 0,51%, a 3.510,96 pontos, e o Taiex registrou leve perda de 0,08% em Taiwan, a 16.132,66 pontos. Os mercados de Hong Kong e da Coreia do Sul não operaram hoje devido a feriados.

    Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho, com queda de 1,90% do S&P/ASX 200, a 6.931,70 pontos, influenciada principalmente por ações de mineradoras e petrolíferas.

    Ontem, as bolsas de Nova York caíram de forma generalizada pelo segundo pregão consecutivo, refletindo temores de que pressões inflacionárias possam levar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a apertar sua política monetária antes do esperado.

    Nos últimos meses, o Fed tem avaliado que a tendência de alta da inflação, que se tornou um fenômeno mundial e compromete também a postura acomodatícia de outros grandes BCs, é apenas transitória. Na tarde desta quarta-feira, o BC americano irá divulgar ata de sua última reunião de política monetária.

    Também continuam no radar recentes surtos de Covid-19 em Taiwan e Cingapura, que levaram as administrações locais a endurecer restrições numa tentativa de conter a propagação da doença.

    A exceção na região asiática hoje foi o Shenzhen Composto – índice chinês formado por empresas de menor valor de mercado -, que garantiu modesta alta de 0,14%, a 2.327,46 pontos. 

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

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