Liberty e Telefônica fecham fusão de US$ 38 bi no Reino Unido para enfrentar BT
Acordo unirá a maior provedora de TV a cabo, Virgin Media, da Liberty, com a O2, da Telefónica, a segunda maior operadora de telefonia móvel do país
A Liberty Global e a Telefônica anunciaram nesta quinta-feira acordo de US$ 38 bilhões para uma fusão de seus negócios no Reino Unido, que criará uma potência do setor para enfrentar a líder de mercado BT.
No maior abalo do mercado britânico de telecomunicações em cinco anos, o acordo unirá a maior provedora de TV a cabo, Virgin Media, da Liberty, com a O2, da Telefónica, a segunda maior operadora de telefonia móvel do país.
O negócio também irá pressionar as rivais Vodafone, Sky, da Comcast; Three UK e TalkTalk.
“Não é mais um segredo: quando o 5G encontra a banda larga de 1 giga, sabemos que a mágica pode acontecer para os clientes”, disse Mike Fries, presidente-executivo da Liberty Global, em teleconferência.
O presidente-executivo da Telefónica, José Maria Alvarez-Pallete, disse que os dois negócios seriam “muito mais fortes juntos”.
Sob os termos do acordo, um dos maiores desde que a pandemia de coronavírus abalou a economia mundial, as duas empresas terão propriedade igual da entidade combinada. Elas esperam atingir US$ 7,7 bilhões em sinergias anualmente até o quinto ano após a conclusão do negócio.
O acordo avalia a O2 em 12,7 bilhões de libras e a Virgin Media em 18,7 bilhões de libras, incluindo dívidas. A empresa combinada investirá 10 bilhões de libras no mercado do Reino Unido em cinco anos.
Fries disse que as negociações da fusão com a Telefónica começaram antes da pandemia de coronavírus varrer o mundo.
“Nós nos sentimos confiantes o suficiente em nossos respectivos negócios, dado o fato de estarmos fornecendo serviços vitais em todo o país, para continuar essas discussões e eles apenas chegaram a uma conclusão natural”, disse o executivo, acrescentando que a marca do grupo combinado não foi decidida.