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    Privatização da Eletrobras continua sendo prioridade do governo, diz Ferreira Jr

    Para o executivo, o próximo comandante da Eletrobras precisará ser perseverante e entender os riscos políticos do cargo

    André Jankavski, , do CNN Brasil Business

    O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., afirmou que o governo federal continua tendo como prioridade a privatização (ou capitalização) da estatal. Porém, ele, que anunciou a sua renúncia na noite de domingo (24), admitiu que gostaria que o processo tivesse sido mais rápido. Agora, com a pandemia e a eleição de 2022, a situação ficou mais complicada.

    “A empresa pode ser mais competitiva se for capitalizada”, diz Ferreira Jr. Durante conferência com analistas de bancos, o executivo também comentou que a pandemia de Covid-19 tirou a prioridade a privatização do Congresso.

    “Evidentemente que tem as eleições e o processo não avança com tanta prioridade”, diz ele. 

    Para o executivo, o próximo comandante da Eletrobras precisará ser perseverante, ser uma pessoa que consiga agregar todos os grupos envolvidos na empresa e fora dele e entender os riscos políticos. Ele mesmo vai sair 

    Ferreira Jr. afirmou que fica, pelo menos, até março, quando a companhia irá divulgar os seus resultados financeiros referentes à 2020.

    “Eu fico na pandemia até o fechamento do nosso balanço de 2020. Fechando o balanço da empresa e das controladas, eu renuncio”, diz ele.

    As ADRs da Eletrobras negociadas na Bolsa de Nova York despencam mais de 11% desde o início da manhã. 

    Ferreira Jr. a caminho da BR Distribuidora

    Um dia após anunciar a sua saída por motivos pessoais do comando da Eletrobras, o executivo Wilson Ferreira Junior foi confirmado pela BR Distribuidora como novo presidente. O atual CEO, Rafael Salvador Grisolia, deixará a companhia no próximo dia 31.

    A BR Distribuidora, que é a responsável pelos postos com a marca Petrobras em todo o Brasil, não falou sobre os motivos da troca de presidente em seu fato relevante.

    Ainda não há data para a que Ferreira Junior assumir, de fato, a BR Distribuidora. Segundo o documento, “compete à Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República analisar eventual necessidade de cumprimento de quarentena por parte do executivo”.

    Do dia 1º de fevereiro até a data que Ferreira Junior se tornar CEO, Marcelo Bragnaça, diretor executivo de operações e logística, será o presidente interino.

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