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    Funchal defende juros longos baixos como estímulo para crescimento econômico

    Para manter uma curva de juros longos baixa, porém, o país precisa retomar a trajetória de consolidação fiscal e da agenda de reformas

    Bruno Funchal em coletiva de imprensa da equipe técnica do Ministério da Economia sobre o repasse para estados e municípios (14.abr.2020)
    Bruno Funchal em coletiva de imprensa da equipe técnica do Ministério da Economia sobre o repasse para estados e municípios (14.abr.2020) Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

    O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, afirmou que os juros longos mais baixos é a aposta da equipe econômica para atrair investimentos e estimular a criação de empregos e o crescimento da economia. 

    “Gostaríamos de ter os juros longos o mais baixo possível porque viabiliza um monte de investimentos, viabiliza geração de emprego e crescimento econômico”, disse no Congresso Internacional de Contabilidade, Custos e Qualidade do Gasto no Setor Público, promovido pelo Instituto Social Iris, nesta segunda-feira (26). 

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    Funchal destacou, no entanto, que para manter uma curva de juros longos baixa, o país precisa retomar a trajetória de consolidação fiscal e da agenda de reformas. “Por conta do aumento desse risco fiscal – estamos gastando muito e precisamos retomar a trajetória fiscal – a curva de juros longo tem subido”, completou. 

    Assim, o secretário defende a continuidade do ajuste fiscal por meio da agenda de reformas. “Se não fizermos o dever de casa, voltamos a ter alta de juros e ai teremos mais redução do PIB”, comentou. 

    Segundo ele, é “sempre bom” manter o custo da dívida baixo para que sobre recursos para serem alocados em políticas públicas e não no pagamento da dívida. 

    “Esse processo de consolidação passa, primeiro, virar a página da pandemia, e, em seguida, endereçar uma grande agenda de reformas que continue o processo de consolidação fiscal mas que também fale em produtividade. Isso porque para diminuir o endividamento como proporção do PIB, você reduz o crescimento da dívida e aumenta o crescimento do PIB. Então, uma agenda de produtividade que permita o PIB acelerar, é extremamente importante”, explicou. 

    Entre as prioridades dessa agenda ele citou a reforma tributária, as privatizações e concessões e a lei de falências, que aguarda para ser analisada pelo Senado. Outro destaque foram os novos marcos legais de diversos setores econômicos, como a nova lei do gás natural. 

    “Além disso, as duas focadas no processo de consolidação fiscal em si, que são a reforma administrativa e o pacto federativo”, acrescentou.

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