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    Senado derrota projeto de lei republicano sobre reforma policial nos EUA

    Decisão cria um impasse nos esforços do Congresso para tratar as questões de desigualdade racial na atuação da polícia no país

    Um projeto de lei do Partido Republicano, que se propõe a controlar a má conduta policial, apresentado após a morte de George Floyd em Minneapolis, foi rejeitado no Senado dos Estados Unidos nessa quarta-feira (24), criando um impasse nos esforços do Congresso para tratar as questões de desigualdade racial na atuação da polícia no país.

    Denunciando a proposta como falha, os democratas derrotaram os republicanos, que tentavam avançar para o debate final, por 55 votos a 45. Para ser aprovado, o projeto precisava de 60 votos a favor. Floyd, um homem negro de 46 anos, foi morto durante a abordagem de um agente em maio, o que desencadeou uma onda de protestos pelo país contra a brutalidade policial.

    A disputa legislativa pela reforma agora segue para a Câmara dos Deputados, que planeja votar uma versão mais abrangente do projeto de lei nesta quinta-feira (25).

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    O líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, e outros senadores democratas acreditam que a decisão de quarta-feira torna mais provável que o líder dos republicanos na casa, Mitch McConnell, concorde com as negociações. Ele afirmou que agendaria outra votação se houvesse progresso suficiente nas conversas entre republicanos e democratas.

    O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não iria aceitar reformas democratas e sugeriu que a questão poderia terminar em um impasse.

    Propostas semelhantes, mas distintas

    Os projetos de lei democratas e republicanos tratam de questões semelhantes: porte de armas, mandados de busca e apreensão, câmeras nos uniformes dos policiais, uso de força em excesso e treinamento para diminuir os confrontos com suspeitos, além de incentivar a intervenção dos policiais contra a conduta ilegal.

    Contudo, os democratas se opõem ao projeto dos republicanos porque ele depende de incentivos para realizar as reformas e busca a coleta de dados sobre questões como mandados de segurança, em vez de exigir mudanças de fato, como a proposta democrata.

    Já os republicanos argumentam que o projeto democrata poderia minar a aplicação da lei, em parte porque ele removeria a proteção de imunidade qualificada para os policiais e permitiria que vítimas de má conduta os processassem por danos.

    Neste mês de junho, uma pesquisa conduzida pela agência Reuters em parceria com o instituto de pesquisas Ipsos revelou que 49% dos norte-americanos são favoráveis à proposta democrata, enquanto 26% são contra. Entre os eleitores republicanos ouvidos, 38% são favoráveis e 37%, contra.

    (Com Reuters)

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