Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Ex-professora de George Floyd diz que ele queria ser juiz da Suprema Corte

    Waynel Sexton guarda até hoje o desenho e a redação feitos por ele há mais de 30 anos

    A professora Waynel Sexton, que deu aulas para George Floyd quando ele estava no primário, guarda até hoje um desenho feito por ele quando criança e uma redação, na qual Floyd contou que queria ser juiz da Suprema Corte dos EUA para combater a injustiça.

    Sexton contou que, na época, em cada dia do mês da história dos negros (celebrado em fevereiro nos Estados Unidos) a classe estudava um afro-americano importante. Além disso, ela pediu que eles fizessem um texto e um desenho sobre o que planejavam fazer no futuro para “fazer a diferença”.

    A professora ficou emocionada ao lembrar da atividade feita há mais de 30 anos por Floyd. “Ele era quieto e não falava muito, mas curtia os amigos. Era um menino bom”, afirmou.

    Assista e leia também:
    Meghan Markle fala sobre George Floyd em discurso de formatura
    Nova autópsia indica que George Floyd teve coronavírus
    Outros 3 policiais envolvidos na morte de Floyd são formalmente acusados

    Na redação, Floyd escreveu: “Quando eu crescer, quero ser um juiz da Suprema Corte. Quando as pessoas disserem ‘meritíssimo, ele roubou o banco’, eu vou dizer ‘fique sentado’. E se ele não se sentar, vou pedir ao guarda que o leve para fora. Aí eu vou bater o martelo na mesa e todos vão ficar calados”.

    George Floyd, homem negro que estava desarmado, foi morto por um policial durante uma abordagem. O agente Derek Chauvin pressionou o joelho sobre o pescoço da vítima durante quase nove minutos, enquanto Floyd dizia que não conseguia respirar.

    ‘Ele gritava por ajuda porque estava morrendo’, conta amigo

    Antes de morrer, Floyd perguntou aos policiais o que estava acontecendo e não resistiu à abordagem, segundo o amigo Maurice Lester Hall, de 42 anos, que estava no carro com ele quando tudo aconteceu.

    Segundo o jornal The New York Times, Hall está em Houston, para onde foi dois dias após presenciar a morte do colega. Ele descreveu Floyd como um amigo que conhecia há anos e disse que eles passaram juntos a maior parte do feriado do Memorial Day (que foi celebrado neste ano no dia 25 de maio), antes do encontro com a polícia.

    “Desde o começo, ele tentava, da forma mais humilde, mostrar que não estava resistindo de qualquer forma”, contou Hall. “Eu ouvi ele falar “por favor, policial, por que tudo isso?”, relembrou.

    Hall disse que nunca vai esquecer o que aconteceu naquele dia. “Ele gritava pela ajuda de alguém porque estava morrendo”, contou. “Sempre vou me lembrar da expressão de medo no rosto de Floyd, porque ele é um rei. É isso que vai ficar comigo, ver um homem crescido chorando antes de morrer.”

    (Com informações de Faith Karimi, da CNN, nos EUA)

    Tópicos