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    Governo do Japão avalia ampliar estado de emergência para além de Tóquio

    Cinco prefeituras pediram que primeiro-ministro assine decreto para definição de medidas restritivas de combate à pandemia

    De máscara, japoneses trabalham em Tóquio, capital do Japão
    De máscara, japoneses trabalham em Tóquio, capital do Japão Foto: Kim Kyung-Hoon - 27.nov.2020/Reuters

    Eimi Yamamitsu e Tetsushi Kajimoto, da Reuters

    O primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga disse que está considerando ampliar o estado de emergência para além da área de Tóquio, de forma a incluir a prefeitura de Aichi, lar da Toyota Motor Corp, e outras áreas centrais e ocidentais para conter a disseminação do Covid-19.

    “Estamos avaliando a situação agora”, disse Suga jornal Asahi.

    O estado de emergência dá às autoridades locais o apoio legal para impor restrições à circulação e atividade econômica da população, mas, segundo a lei japonesa, o poder de declará-lo cabe ao primeiro-ministro.

    Respondendo à pressão de Tóquio e de três prefeituras vizinhas no leste da principal ilha japonesa de Honshu, Suga declarou na semana passada estado de emergência de um mês a região – o decreto vale até 7 de fevereiro.

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    Mas o número de casos de coronavírus também aumentou no oeste do país, levando Osaka, Kyoto e Hyogo pedirem pelo decreto de estado de emergência. Na terça-feira, as prefeituras centrais de Aichi e Gifu também pediram ao governo que fossem incluídas.

    O governo japonês está finalizando planos para fazer o anúncio já na quarta-feira, informou a agência de notícias Kyodo.

    Adicionar essas cinco prefeituras significaria que cerca de metade da população do Japão, de 126 milhões de pessoas, ficariam sob restrições.

    O principal porta-voz do governo japonês e secretário-chefe de gabinete Katsunobu Kato, não confirmou a possibilidade e disse apenas apenas que o governo avalia medidas para dar uma “resposta rápida” à situação da área de Osaka.

    O cruzamento de Shibuya, em Tóquio, Japão
    O cruzamento de Shibuya, em Tóquio, Japão
    Foto: Jezael Melgoza/Unsplash

    Resposta criticada

    Suga foi criticado pelo que muitos chamaram de uma resposta lenta, confusa e fragmentada à pandemia, à medida que as infecções chegam a níveis recordes.

    Cerca de 79% dos entrevistados em uma pesquisa da Kyodo, publicada no domingo, disseram que sua decisão de declarar a emergência para Tóquio foi feita tarde demais.

    Os casos diários atingiram chegaram ao recorde de 7.882 na sexta-feira passada, elevando a contagem geral para quase 300.000, disse a emissora pública NHK.

    Em uma tentativa de ajudar o setor de serviços, que enfrenta dificuldades, o governo ofereceu subsídios generosos para encorajar cidadãos a viajarem ao país e comerem fora de casa, mas os esforços foram interrompidos pela pandemia.

    Agora, o governo pede aos residentes da área de Tóquio que fiquem em casa o máximo possível e recomenda que bares e restaurantes fechem às 20h.

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    “Por favor, evitem sair, não apenas à noite, mas também durante o dia”, disse o ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura, no Twitter, acrescentando que as saídas diurnas durante o fim de semana de três dias não diminuíram, apesar da situação de emergência.

    Como muitas nações, o Japão está lutando para equilibrar os esforços de conter o vírus e os danos à sua economia, que é a terceira maior do mundo.

    A indústria hoteleira sofreu o impacto da pandemia. No ano passado, 118 hotéis quebraram, respondendo por cerca de 47% do total de falências, mostrou uma pesquisa da Tokyo Shoko Research.

    O ministro das Finanças, Taro Aso, disse que o governo ofereceria pagamentos únicos de até 400.000 ienes (R$ 20.968) para empresas fornecedoras de restaurantes e bares com horário de funcionamento reduzido, como fornecedoras de produtos descartáveis.

    A remuneração máxima para os próprios restaurantes aumentará 50%, disse Suga.

    As últimas medidas de emergência não exigem que os orçamentos estaduais já compilados sejam reformulados, disse Aso.