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    Fabricante alemã da arma que matou Marielle não exportará mais para o Brasil

    Acionistas da empresa já vinham analisando a situação quanto o cenário político e a violência no país

    Homenagem à vereadora carioca Marielle Franco em São Paulo
    Homenagem à vereadora carioca Marielle Franco em São Paulo Foto: Amanda Perobelli - 14.mar.2020/Reuters

    Isabelle Rezende e Camille Couto, da CNN, no Rio

    A fabricante de arma alemã Heckler & Koch (H&K) anunciou na última quinta-feira (27/08), que deixará de exportar para o Brasil. Os acionistas já vinham analisando a situação quanto o cenário político e a violência no país.

    Em nota, a Heckler & Koch (H&K) informou que o principal motivo para o encerramento das atividades em território brasileiro é a falta de segurança quanto ao destino das armas: “o Brasil não é um dos países que acreditamos ter condições de fornecer.” 

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    Em 2018, os laudos da perícia concluíram que arma usada no assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, uma Submetralhadora HK MP5, era da fabricante alemã. O caso ganhou repercussão internacional e ativistas alemãs começaram a cobrar um posicionamento da empresa e um controle mais severo para exportação das armas. 

    Segundo o código de conduta da empresa, os arsenais devem ser de uso exclusivo do grupamento das Forças Armas, Polícia Militar e Civil, em estados democráticos que compartilham sistema de valores com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos, porém, há diversas investigações de desvios de armas que acabam nas mãos de criminosos.

    Devido ao cenário de incertezas no controle do repasse do armamento, a fabricante informou que prefere “renunciara um acordo do que as armas caírem em mãos erradas”, conforme declarado em nota.