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    Entre bate-boca e ‘reaparições’, Alesp aprova texto do ajuste fiscal de SP

    O processo de votação, contudo, ainda não foi concluído. Deputados ainda discutirão os destaques do projeto

    Deputados estaduais de São Paulo discutem projeto de ajuste fiscal apresentado pelo governador João Doria (PSDB)
    Deputados estaduais de São Paulo discutem projeto de ajuste fiscal apresentado pelo governador João Doria (PSDB) Foto: Pedro Durán/CNN

    Pedro Durán, da CNN, em São Paulo

    Por 48 votos a 37, o texto do ajuste fiscal do governo João Doria (PSDB) foi aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O projeto foi aprovado pouco depois da meia-noite, já nesta quarta-feira (14), e a sessão, iniciada na terça, ainda se estendeu por mais quarenta minutos.

    O processo de votação, contudo, ainda não foi concluído. Deputados ainda discutirão os destaques do projeto.

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    A meta da mesa diretora da Alesp é votar nesta quarta-feira à noite os destaques do texto, que indicam quais itens serão retirados do projeto pra cumprir os acordos com os aliados. No entanto, como há deputados que são candidatos a prefeito e participarão de debates eleitorais, pode ser difícil voltar a reunir os 48 deputados necessários ainda nesta quarta. 

    O PL 529 prevê a extinção de empresas públicas, mudanças nas regras de impostos e pode tirar o lucro de universidades para cobrir o rombo de R$10 bilhões do governo.

    Depois de semanas tentando avançar com a discussão e votação do pacote de ajuste fiscal, o governo conseguiu no limite reunir os 48 deputados para aprovar o PL 529.

    Durante a noite, a bancada aliada de João Doria conseguiu aprovar o roteiro de votação do projeto, que trazia as diretrizes de como o PL deveria ser votado e o que será priorizado nas votações.

    Com o passo dado, foi possível avançar para a aprovação do texto final do projeto, com 48 votos, a maioria dos 94 deputados estaduais de São Paulo. 

     

    Xingamentos e bate-boca

    Ao longo da sessão, os deputados criticaram algumas questões levantadas por deputados apoiadores do governo. Gil Diniz, do PSL, chegou a interromper o discurso de uma deputada porque não concordava com decisões do presidente da Alesp, Cauê Macris, do PSDB.

    Já o deputado Arthur do Val, do Patriota, questionou Roque Barbiere, do PTB, sobre impostos em medicamentos. “Você é um bosta de um inútil” reagiu Barbiere. “Fale no microfone! Presidente, o deputado pode falar assim?”, questionou do Val.

    Deputados ‘reaparecem’

    Contaram para garantir a votação do roteiro de votação os deputados Roque Barbiere e Rafael Silva (PSB), que não eram vistos na Assembleia desde o início da pandemia do coronavírus.

    Eles foram convencidos a voltar para o parlamento estadual e se juntaram à base pra apoiar o pacote do ajuste fiscal de Doria. 

    Também foi fundamental pra reunir maioria, a presença da deputada Janaína Paschoal (PSL), que fez uma série de exigências pra votar a favor do projeto, como a retirada de 4 empresas da lista de privatizações. Os pedidos dela foram atendidos pela base.

    Deputados ‘se escondem’

    Pouco depois das dez da noite, com o plenário já esvaziado, os deputados da oposição fizeram uma manobra corriqueira e curiosa.

    Ao notar a ausência de integrantes da base do governo, eles solicitaram uma verificação de quórum, já que são necessários 48 deputados em plenário pra que a sessão não seja interrompida.

    Na hora da chamada pra verificar a presença dos deputados, a oposição se escondeu no canto do plenário e não registrou presença. Mas o governo novamente reuniu os 48 deputados presentes e a discussão avançou.