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    Prender André do Rap será difícil, mas não impossível, diz delegado

    Para o delegado que ajudou a prender o chefe do PCC, em setembro de 2019, soltura 'foi banho de água fria'

    Responsável pela operação que prendeu o traficante André de Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, em setembro de 2019, o delegado Fábio Pinheiro Lopes afirmou à CNN, nesta terça-feira (13), que a notícia sobre a libertação seguida de fuga foi “um banho de água fria” para a Polícia Civil de São Paulo e que será difícil recapturá-lo.

    “Foi um banho de água fria, porque o André ficou foragido por seis anos e deu um trabalho muito grande para a Polícia Civil de São Paulo capturá-lo; a PF também estava no encalço”, afirmou o delegado.

    Na época da primeira prisão, André do Rap foi localizado em uma mansão, na cidade em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Ele foi encontrado junto de outros dois criminosos – todos procurados pela Justiça por tráfico internacional de drogas, de acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública de SP.

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    O delegado Fábio Pinheiro Lopes fala à CNN
    O delegado Fábio Pinheiro Lopes fala à CNN
    Foto: CNN Brasil (13.out.2020)

    “Ele tem um poder financeiro muito alto. Isso somado a essa rede de contatos – internacional e mesmo no Brasil – vai dificultar e muito a recaptura. Ele viaja com aviões privados e usa nomes falsos”, apontou. De acordo com o delegado, o traficante do PCC “detém uma rota do tráfico pelo Porto de Santos”, no litoral de São Paulo. “Ele consegue pegar a droga de um traficante na América do Sul e colocar na Europa. Ele já morou na Holanda e tem uma rede de relacionamento muito grande”, explicou.

    Apesar de reconhecer as dificuldades, Pinheiro disse acreditar que ele será preso novamente. “Confio muito na polícia brasileira, tanto na Civil quanto na Militar e na Federal, só que acredito que será trabalhoso. Da outra vez, ficou quase seis anos foragido”, disse. “Ele nem deve estar no Brasil, então isso vai demandar tempo. Impossível não vai ser, mas será trabalhoso”, acrescentou. 

    (Edição: Leonardo Lellis)

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