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    Ministério da Saúde suspende atendimento no Hospital Federal de Bonsucesso

    A unidade vai ser interditada por tempo indeterminado a partir de 1 de novembro

    Paula Martini, , da CNN, no Rio de Janeiro

     

    Após um incêndio atingir o Hospital Federal de Bonsucesso, os exames e consultas na unidade foram suspensos por tempo indeterminado. O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (29) que toda a estrutura da rede federal do Rio de Janeiro será disponibilizada para não haver prejuízo à assistência.

    Na manhã dessa quinta-feira (29), pacientes com consultas agendadas formaram uma fila na porta da unidade. Grávida de 2 meses, Jéssica Martins viajou de Petrópolis, na Região Serrana, para tentar ser atendida por um nefrologista. Ela esperou cerca de duas horas até conseguir entrar na unidade.

    “A minha gravidez é de risco e ontem uma funcionária informou que eu poderia vir, que seria atendida. Hoje, chegando aqui, a informação é diferente. Meu marido faltou ao trabalho para ficar com meu outro filho e agora eu não sei o que faço”, disse.

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    A gestante foi atendida e a unidade explicou que apenas os pacientes do setor de nefrologia e os transplantado com consultas agendadas foram recebidos nesta quinta. Todos serão encaminhados para outros hospitais federais. 

    O Ministério da Saúde também informou, em nota, que a Superintendência estadual da pasta no Rio de Janeiro avaliar conceder férias aos servidores que já tenham o período vencido e remanejar os demais profissionais para outros hospitais da rede federal.

    Fila na porta do HFB
    Fila na manhã desta quinta-feira (29) para atendimento no Hospital Federal de Bonsucesso
    Foto: Paula Martini/CNN Brasil

    Na quinta-feira, o diretor clínico do hospital, Júlio Noronha, disse que a unidade vai fechar as portas por tempo indeterminado a partir de 1 de novembro. 

    O diretor do Conselho, Flávio Antônio de Sá, é contra a interdição.

    “É inviável o fechamento de um hospital com capacidade para 500 leitos, ainda mais em meio a uma pandemia. Por que fechar o prédio 2, quando apenas o 1 foi atingido pelo fogo? Isso causa uma sobrecarga em toda a rede de saúde do Rio de Janeiro”, ressaltou.

    O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) realiza uma visita técnica no hospital. O rescaldo está na fase final. Quando os bombeiros concluírem os trabalhos, a Defesa Civil vai vistoriar a estrutura do prédio atingido pelo fogo.

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