Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Corrupção é problema endêmico no RJ, diz analista político

    Analista político Creomar de Souza falou à CNN sobre crise na política carioca

    Da CNN, em São Paulo

    São diferentes grupos políticos envolvidos com corrupção no estado do Rio de Janeiro: cinco governadores já foram presos; o governador Wilson Witzel (PSC) foi afastado do cargo; esta semana, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e o atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) foram alvos de operação; e nesta sexta-feira (11), o secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, foi preso.

    Em entrevista à CNN, o analista político Creomar de Souza afirma que a conjuntura tem mostrado que a corrupcão é um problema endêmico no estado e a sua resolução demanda longo prazo.

    Segundo ele, por uma série de características, a política no Rio de Janeiro foi erodindo muito rápido.

    “De um lado havia uma certa acomodação de lideranças políticas cariocas de sempre pensarem em temas nacionais. Talvez numa reminiscência inconsciente em que o Rio de Janeiro foi capital do Brasil. Então, o Rio de Janeiro sempre acabou se tornando esse espaço de referência das grandes causas e grandes questões brasileiras”, explicou.

    Assista e leia também:

    Secretário estadual de Educação do RJ é preso; Cristiane Brasil também é alvo

    Polícia Civil apreende celular de Crivella em operação contra corrupção no Rio

    Creomar de Souza
    O analista político Creomar de Souza
    Foto: CNN (11.set.2020)

    Mas, ao mesmo tempo em que isso acontecia, disse o analista, a construção de políticas públicas no que dizia respeito à cidade foi posta de lado.

    “Então, o Rio foi produzindo lideranças nacionais no âmbito político, como Leonel Brizola, Anthony Garotinho e Sérgio Cabral. Essas lideranças foram crescendo, mas o ambiente de política pública foi sendo deixado de lado”, afirmou.

    Souza também explicou que, conforme o estado fica cada vez menos eficaz em resolver problemas cotidianos do cidadão, o cidadão vai buscando alternativas.

    “E essas alternativas vão gerando um desapego. E, no caso específico do Rio de Janeiro, o que passamos a enxergar nos últimos anos foi que as lideranças políticas cada vez mais queriam dizer que eram as responsáveis pelas soluções e o governo, pelos problemas”, disse ele.

    Para o analista, diante deste cenário, portanto, não é possível dizer que um grupo político está envolvido em problemas e outro não: todos os grupos políticos estão envolvidos em alguma medida.

    (Edição: Sinara Peixoto)

    Tópicos