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    Acidente em MG: família busca informações e encontra empresa fechada em SP 

    Localizada no Brás, Centro de São Paulo, a região concentra várias empresas de transporte clandestino

    Bruno Oliveira, da CNN, em São Paulo

     

    Cerca de três horas depois do acidente com o ônibus que caiu de uma ponte nesta sexta-feira (04), na BR-381 próximo a cidade de João Monlevade – a 110 km de Belo Horizonte (MG) – e matou pelo menos 17 pessoas, familiares das vítimas foram à empresa Localima Turismo em busca de notícias e encontraram tudo fechado.

    Localizada no Brás, Centro de São Paulo, a região concentra várias empresas de transporte clandestino. 

    Assim que soube do acidente, a atendente Edjane Oliveira ligou para o celular da mãe, Maria Luiza de Oliveira, 58 anos, e para o irmão, Daniel Oliveira da Silva, 15 anos, que estavam no ônibus junto com o filho dela de 2 anos. Como não conseguiu falar com eles, Edjane foi até a loja. 

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    Segundo ela, os familiares saíram da região de Santa Cruz, em Alagoas, na quinta-feira(3), às nove da manhã, e a previsão era de desembarcar na capital paulista na madrugada deste sábado (5), por volta das quatro horas. 

    Localima

    Fachada do endereço onde está localizada a empresa Localima, que operava ônibus que caiu de ponte próximo a João Monlevade (MG), deixando mortos e feridos

    Foto: Bruno Oliveira/CNN

    Apenas na noite desta sexta-feira, por telefone, a atendente disse que a irmã conseguiu falar no hospital para onde os familiares foram encaminhados e descobriu que o filho, o irmão e a mãe sobreviveram. “Graças a Deus estão todos bem. Minha mãe vai passar por cirurgia, mas está bem”. 

    Edjane Oliveira conta que cada passagem custou R$ 250,00 e que o transporte usado por eles era irregular. “Eles foram para lá visitar parentes e amigos. Foram de ônibus clandestino, que é bem mais barato”. 

    Rodovia da morte

    A BR-381 é conhecida como “rodovia da morte”. Em entrevista à CNN, Pedro Aihara, tenente do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, afirmou que a rodovia onde ocorreu a tragédia apresenta um alto número de acidentes. 

    “A BR-381 infelizmente é uma das BRs que temos um número bastante alto de óbitos e acidentes. É uma das rodovias que apresenta infelizmente os maiores números de óbitos, mesmo analisando todo contexto brasileiro”, explica. 

    “É uma localidade onde a estrutura hospitalar não é forte para atendimento de acidentes dessa gravidade, então a estratégia de atendimento é conduzir essas vítimas para unidades hospitalares da região para receber o primeiro atendimento. As vítimas mais graves seguem de helicóptero para os hospitais da região metropolitana de Belo Horizonte, que já estão preparados para receber essas vítimas”, destaca.

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