Internações por Covid-19 em SP caíram 25% após fase emergencial, diz secretária
Patrícia Ellen, da pasta de Desenvolvimento Econômico, diz que números são reflexo de medidas mais rígidas adotadas no estado entre março e abril
O número de internações em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por Covid-19 em São Paulo caiu 25% após a fase emergencial adotada no estado, de acordo com os números da semana epidemiológica encerrada no sábado (17) informados pela secretaria de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.
“Como referência, as internações em UTI caíram ainda mais, o número completo das últimas duas semanas está dando 25% de queda. Nessa última semana, tivemos uma queda de 8,6%”, disse Ellen, em entrevista à CNN.
Ela destacou também o recuo na taxa de ocupação de leitos de UTI no estado, que chegou a 81,6%. “Esperamos que isso se mantenha e por isso a fase de transição [entre as fases vermelha e laranja] é tão importante“, completou.
A secretária afirmou ainda que o governo passou a analisar também, ao decidir sobre as mudança de fase, o aumento no período que os pacientes tem ficado internados, em comparação com os casos registrados em 2020.
“É levado em conta e, na segunda onda, com a nova cepa que é mais grave, acaba tendo mais tempo de internação porque muitos dos casos precisam de ventilação”, afirmou.
“De fevereiro para março (…) houve um crescimento muito grande de leitos para lidar tanto com o aumento do tempo médio de internações quanto com a característica delas. A redução que estamos tendo agora é geral, está liberando leitos, por isso foi considerada muito positiva pelo Centro de Contingência.”
Ela destacou também que o estado ainda registra um número muito alto de internações diárias – cerca de 2,4 mil ante 2 mil na primeira onda – e que é justamente esse patamar elevado que explica a necessidade de uma fase de transição.
“Por isso temos a questão da ocupação [máxima de 25%], o toque de recolher, o tele trabalho para atividades não essenciais e o escalonamento da entrada e saída do comércio, serviços e indústria”, disse.
“O pior que poderia acontecer agora seria termos um rebote ou, pior ainda, uma nova cepa.”