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    Governadores debatem sobre reabertura no RS e possível lockdown no ES

    Renato Casagrande(PSB) e Eduardo Leite (PSDB) avaliaram as situações opostas em seus estados

    Em entrevista à CNN, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) avaliaram as situações distintas enfrentadas em cada estado durante a pandemia do novo coronavírus. Enquanto os gaúchos se encontram em processo de reabertura gradual das atividades econômicas, os capixabas analisam um possível lockdown, bloqueio mais rígido das atividades, devido ao avanço do vírus no estado.

    Primeiro a falar, Renato Casagrande afirmou que monitora os índices e que elaborou uma ‘matriz de risco’ para determinar possíveis flexibilizações no interior do estado. 

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    “Nós já implantamos, aqui no Espírito Santo, uma matriz de risco, que leva em consideração o coeficiente de inscidência de cada município, a letalidade, o isolamento social e o percentual de pessoas com mais de 60 anos. Todas as essas quatro ‘ameaças’ estão ligadas à nossa principal vulnerabilidade: a falta de leitos.”

    “Estes índices permitiram que fossem realizadas reaberturas no interior do estado de forma diferenciada. Em cidades com risco leve, os comerciantes podem abrir de segunda a sábado, das 10h às 16h. Caso este quadro mudem há possibilidade de uma paralisação geral em municípios de risco alto [de contágio].”, explica. 

    Enquanto isso, no RS, o governador Eduardo Leite afirma que a luta contra o novo coronavírus no estado está “controlada” e trabalha com o distancialmento social com o monitoramento frequente. 

    “Não se trata de uma flexibilização aleatória ou reabertura desordenada. Assim como o Espírito Santo, há regras aqui no sul com o modelo que chamamos de distanciamento controlado. Cada uma das 20 regiões possui 11 indicadores. Apesar dos números positivos que temos, não é motivo para comemoração, mas é um indicador importante. Queremos reestabelecer a conciliação com a atividade econômica com respeito à vida”, argumentou.

    Ajuda a estados e municípios

    Os governadores também analisaram as medidas de socorro aos estados e municípios durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou, com vetos, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 39/2020 no final de maio

    Para Casagrande a ajuda oferecida ainda não é suficiente ‘tanto na questão financeira, quanto no auxílio aos equipamento para o combate’ e pediu celeridade no processo.

    “O repasse aprovado ainda será transferido para nós no dia 15 deste mês [de junho] e o auxílio foi sancionado no dia último do prazo. Então é bom que o governo federal tenha rapidez neste repasse. Mesmo com uma reserva que temos, a queda na arrecadação de receita foi superior a 30% no estado e isso se repetirá em junho. Alguns estados não conseguem suportar essa queda”, disse. 

    Eduardo Leite criticou a demora para discussão do projeto de ajuda aos estados, até a sua sanção, e afirmou que ‘quem paga a conta pelo atrase do repasse, é a população’. 

    “Queremos que esse repasse entre o quanto antes pois já vai ter um desencaixe no fluxo de caixa dos estados. Em abril, nós perdemos cerca de R$700 milhões em receita e em maio chegamos a R$1 bi. Quando entrar a primeira parcela do repasse de R$500 milhões, ainda teremos esta diferença. Nós temos expectativa para que o dinheiro chegue na próxima semana para dar celeridade neste processo”, concluiu Leite.

    (Edição: Sinara Peixoto)

     

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