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    Caso Henry: ‘Me sinto muito culpada’, disse Monique ao pai após morte de filho

    Mensagens entre familiares da mãe de Henry Borel foram resgatadas do celular da professora

    Isabelle Saleme, da CNN, no Rio de Janeiro

     

    Uma semana após a morte do filho, Henry Borel, de quatro anos, a professora Monique Medeiros revelou ao pai dela que se sentia culpada.“Devo merecer o que está acontecendo. Tudo foram (sic) escolhas minhas. Agora estou colhendo. Me sinto muito culpada”, escreveu a Fernando José Fernandes da Costa e Silva uma semana após a morte do menino de 4 anos.

    O avô de Henry, que tem o telefone identificado na agenda da filha como “Papy”, responde : “Todos nós erramos.” Monique, então, segue o relato: “Eu deveria ter colocado ele (Henry) na cama dele que era mais baixa. Deveria ter dormido no quartinho dele com ele.” Fernando responde: “Nada acontece se Deus não permitir”. As mensagens foram recuperadas pela polícia no celular da mãe do menino e fazem parte do inquérito que apura a morte da criança. 

    Henry Borel morreu na madrugada de 8 de março. Apesar de a primeira versão apresentada a polícia pela mãe e o namorado dela, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho ter sido um acidente doméstico, a perícia descartou essa possibilidade.

     

    Os investigadores do caso também tiveram acesso a mensagens trocadas entre Monique e a mãe dela, Rosângela Medeiros. Em alguns trechos da conversa, a avó de Henry conforta a filha, dizendo que a professora uma “boa mãe”. 

    Ainda em conversas resgatadas, em 16 de março, um dia antes do depoimento na delegacia que investiga o caso, Monique contou para a mãe que estava indo novamente ao advogado. Na época, o criminalista André França Barreto respondia pela defesa do casal. Ela relata “foram 7 horas direto de interrogatório ontem (…) fazendo um possível inquérito. Hoje será de novo. E amanhã de novo. Que Deus me ajude”. Rosângela responde: “Isso tudo vai passar. Tem que passar.”

    Desde que novos advogados assumiram a defesa de Monique Medeiros, eles têm tentado que a cliente preste um novo depoimento sobre o caso. A atual defesa da professora afirma que ela foi coagida e treinada por Jairinho para mentir para a polícia. Apesar de não descartar essa segunda oitiva, o delegado Henrique Damasceno ainda não marcou o depoimento.

    A prisão temporária de Jairinho e Monique vence no dia 7 de maio. E a polícia espera concluir o inquérito na semana que vem. Para isso, falta receber o laudo da perícia toxicológica no corpo de Henry e o conteúdo resgatado em celulares apreendidos no dia da prisão do casal. Procurada para comentar as mensagens, a defesa da professora disse que não teve acesso a elas.

    O advogado de Dr. Jairinho, o criminalista Braz Sant’Anna só pretende se manifestar sobre a tese da defesa após a denúncia à Justiça.