Romeu Zema: ‘Belo Horizonte não investiu em novos leitos de UTI’
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Romeu Zema, governador de Minas Gerais, disse à CNN nesta quarta-feira (1º), que a cidade de Belo Horizonte não investiu em novos leitos de Unidades de Terapia Intesiva (UTIs) para pacientes com Covid-19. A capital mineira bateu novo recorde e atingiu 87% da ocupação de leitos nesta semana.
“Vários prefeitos da região metropolitana e do interior fizeram vários investimentos em novos leitos. Na capital, esse investimento não foi feito e agora eles estão em um momento de correr atrás, mas isso já deveria ter acontecido. O estado, agiu e se equipou melhor, mas uma prefeitura, rica como a de BH, não fez o papel que era esperado. (…) A cidade de Belo Horizonte, até este momento, não conseguiu adicionar nenhum leito de UTI. O estado tem leitos, mas a capital, não”, afirmou ele.
A Prefeitura de Belo Horizonte rebateu e garantiu que aumentou de 82 para 331 o número de leitos de UIT na capital mineira, o que representaria uma ampliação maior que 400%.
Entre as declarações, Zema disse também que a capital mineira foi alertada dos riscos por parte do governo do Estado. O político reforçou ainda que existe diálogo ‘franco e aberto’ entre governo e alguns prefeitos.
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“Nós temos aqui, o nosso programa Minas Consciente, que orienta não só as prefeituras, mas os cidadãos e os empresários. Dividimos o estado em 14 regiões, onde consideramos o número de leitos o nível de contaminação durante a pandemia. Sempre houve um diálogo franco e aberto”
“Alguns prefeitos, que adeririam ao programa, estão tendo um desempenho muito melhor. E aqueles que não [como é o caso de Belo Horizonte], acabam enfrentando algumas dificuldades”, acrescentou.
O governador também avaliou o cenário do estado e, de acordo com ele, mesmo com as dificuldades já enfrentadas, Minas Gerais já estava se equipando desde o início da pandemia.
“Desde o início da pandemia, nós temos tomados diversas ações para estrtuturar melhor nosso sistema de saúde. Hoje, temos um sistema mais fortalecido do que tínhamos em março. Nesse intervalo de tempo, fizemos um hospital de campanha que ainda não chegou a ser utilizado, adquirimos novos respiradores e abrimos mais de 900 leitos de UTIs inclusive no interior. A nossa curva está muito próxima ao que os estudiosos traçaram. Portanto, estamos preparados para este momento crítico”, concluiu.
Posição da PBH
Em entrevista à CNN, o secretário de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado Pinto, rebateu as acusações e fez críticas ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). “Nós saímos de 82 UTIs para 331 – isso é um aumento maior que 400%”, disse.
“Queria entender por que o governador demonstra tanto ódio pela população de BH, que é tão mineira quanto os outros mineiros. Esse ódio seria fomentado pelas ratazanas da politicagem?”, questionou.
“Pelos parasitas da pandemia, que só querem auferir ganhos políticos às custas do sofrimento alheio? Queria saber por que ele não nos deixa trabalhar em paz. Queria conclamar o governador a olhar para o belo-horizontino do jeito que ele tem dito que olha para o resto do estado”, declarou o secretário.