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    Reforma tributária eleva carga dos bancos em 20%, diz presidente do Bradesco

    Octavio de Lazari Junior diz que não vê problemas de o governo elevar o imposto previsto para o setor para 12%, desde que sejam reduzidos outros tributos

    Raquel Landimda CNN

    O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, rebateu, em entrevista exclusiva ao CNN Líderes, as críticas de que o setor financeiro está sendo poupado pela proposta de reforma tributária enviada pelo governo federal ao Congresso.

    “Essa proposta não diminui a carga tributária dos bancos, mas aumenta em 20%. Acho que essa não é a melhor alternativa”, disse Lazari Junior. “Precisamos fazer uma simplificação tributária. É pura ilusão achar que conseguiremos reduzir a carga tributária neste momento.”

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    Muitos políticos vêm criticando o fato de o governo ter proposto uma alíquota de 5,8% para os bancos unificando o PIS e a Cofins, enquanto a maioria dos setores pagaria 12%. O setor financeiro hoje é tributado em 4,65% de PIS e Cofins.

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    Lazari diz que não vê problemas de o governo elevar o imposto previsto para o setor para 12%, desde que sejam reduzidos outros tributos. Segundo ele, o setor financeiro paga 45% do seu faturamento em impostos e é o mais tributado do mundo.

    O executivo comentou as pressões políticas para romper o teto de gastos – mecanismo que limita as despesas públicas ao crescimento da inflação – com o objetivo de combater a pandemia. “Se houver um estouro do teto, o investidor financeiro vai se afastar. É que o que não precisamos nesse momento.”

    Lazari também falou sobre a polêmica em torno das negociações entre Banco do Brasil e Bradesco sobre sua sociedade na Cielo. Segundo ele, a empresa precisa de um “turnaround” após o prejuízo registrado no segundo trimestre. “É uma companhia que pode voltar a ser rentável”, disse.