Governo de São Paulo atualiza mapa e 9 regiões entram na fase amarela

O governo de São Paulo atualizou nesta sexta-feira (7) a classificação das regiões no Plano SP, usado para determinar a retomada econômica no estado. Nove regiões passaram para a fase amarela (3), incluindo Ribeirão Preto e Piracicaba, que estavam na fase vermelha (1) e pularam a fase laranja (2).

As demais regiões que também avançaram para a fase amarela são Araçatuba, Bauru, Campinas, Marília, São João da Boa Vista, Sorocaba e Taubaté. Essa fase permite o funcionamento de bares, restaurantes e salões de beleza em horário parcial.

Por outro lado, a região oeste da Grande São Paulo, formada pelos municípios de Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba, regrediu para a fase laranja.

A reclassificação das regiões leva em conta indicadores como taxa de ocupação de leitos de UTI, internações e números de casos e óbitos. “Com essa nova reclassificação, 86% da população agora está em regiões na fase amarela”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.

Assista e leia também:

Vale do Ribeira volta para fase vermelha no plano de reabertura de SP
Governo de SP adia volta das aulas presenciais para outubro

Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional, afirmou que essa ampla mudança no mapa em comparação com a classificação anterior se deve à redução de 10% em número de casos, de 7% nas internações e de 4% no número de óbitos no interior do estado.

“Estamos com duas regiões saindo da fase vermelha para fase amarela. Queria destacar Ribeirão Preto que, ao longo desse período, saiu de 6,83 leito de UTI por 100 mil habitantes chegando a 22,8”, afirmou o secretário. 

Sobre Piracicaba, a outra região que saltou para a fase amarela depois de ser rebaixada para a vermelha, Vinholi disse que os leitos foram ampliados de 9,66 para 15,4 por 100 mil habitante e que a ocupação dessas vagas caiu de 85% para 70%.

Sobre as regiões que permanecem na fase vermelha, o secretário afirmou que as ações tomadas pelo governo estadual em conjunto com os municípios já começaram a surtir efeito.

Assista e leia também:

Bares e restaurantes de SP têm pouco movimento em primeira noite de abertura
Gabbardo: leitos de UTI agora serão usados para outras necessidades da população

“Franca mostrou uma reação muito forte na sua capacidade hospitalar ao longo dos últimos dias. O Vale do Ribeira, que foi na semana passada para a fase vermelha, já restabeleceu sua capacidade hospitalar e saiu de 80% de ocupação para 61%.”

Entenda as mudanças no Plano SP

No dia 27 julho, o governo paulista anunciou a criação de uma “margem de segurança” no Plano SP com a justificativa de que a medida aumenta a estabilidade na transição de fases e impediria trocas – tanto avanços quanto regressões – por um ponto decimal, por exemplo.

Um dia depois, a administração estadual criticou reportagens que apontaram a margem de segurança como um dispositivo para facilitar a progressão de fases e a liberação de atividades econômicas e disse que esse não era o objetivo das mudanças.

“Nenhum de nós vai colocar em risco o esforço feito até aqui. Custou muito caro para todos e vamos manter esse compromisso com a sociedade”, disse, na ocasião, Ellen.

O Plano São Paulo dividiu o estado em 22 regiões e sub-regiões, reunindo grupos de municípios sujeitos às mesmas regras. As fases de restrições e flexibilizações do funcionamento de serviços, comércios e atividades variadas são divididas em vermelha (1), a mais grave, laranja (2), amarela (3), verde (4) e azul (5).

Balanço de casos de Covid-19

O estado de São Paulo ultrapassou nesta sexta a marca de 600 mil casos confirmados do novo coronavírus.

O balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde mostra que o estado tem 608.379 casos confirmados da doença, com 9.709 registrados no período de 24 horas. As mortes somam 24.735, sendo 287 delas registrados nas últimas 24 horas.

O governo estadual afirma que 391.699 pessoas se recuperaram da doença, sendo que 74.904 foram internadas e tiveram alta hospitalar.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI é de 58,1% na Grande São Paulo e de 59,8% no Estado. Há 5.382 pacientes internados em leitos de terapia intensiva e outros 7.352 em leitos de enfermaria.

(Com informações do Estadão Conteúdo)