SP discute fechar obras, indústrias e restringir circulação de pessoas
Área econômica, porém, é completamente contrária ao fechamento da indústria e considera a medida 'fora de cogitação'
O governo de São Paulo já discute a ampliação de medidas restritivas no estado, como o fechamento de obras, indústrias e a restrição de circulação de pessoas nas ruas.
Integrantes do Centro de Contingência do estado disseram à CNN que algumas dessas opções deverão ser as próximas do estado, embora admitam que o assunto ainda não está maduro no governo.
A equipe mais ligada à política e à economia ainda prefere aguardar o resultado dos 14 dias de aplicação da fase vermelha em todo o estado (que ocorre neste sábado), bem como sete dias da chamada fase emergencial (que se conclui na próxima segunda-feira, 22). A área econômica, por exemplo, é completamente contrária ao fechamento da indústria e considera a medida “fora de cogitação”.
Ainda assim, foi justamente essa divergência na dosagem das restrições que fez o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciar em uma coletiva que haveria mais restrições nesta quarta-feira (17) e depois não apresentar nenhuma medida nessa linha.
Isso ocorreu porque Doria foi alertado por um dos integrantes do Centro de Contingência na manhã desta quarta-feira que o estado deveria ampliar as medidas restritivas ainda hoje sob pena de haver um colapso maior ainda.
Segundo uma fonte informou à coluna, Doria ficou sensibilizado e anunciou novas medidas na primeira coletiva do dia, no Instituto Butantan. Depois, quando retornou ao Palácio dos Bandeirantes, ouviu de outros interlocutores que não seria possível concluir nenhuma medida a tempo, e que era melhor esperar os resultados das fases vermelha e emergencial, o que acabou prevalecendo.