SP: Aglomeração vista no feriado pode impactar na volta às aulas, diz secretário
A partir de hoje, ao menos 128 cidades paulistas reabrem parcialmente as escolas para atividades presenciais de reforço e orientação
O secretário estadual de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse à CNN nesta terça-feira (8) que a volta às aulas a partir de hoje não é um retorno em si, mas de orientação e reforço, e ressaltou que as aglomerações vistas durante o feriado podem impactar na reabertura das instituições.
“A previsão [de volta às aulas] é 7 de outubro e depende do que vai acontecer em setembro”, afirmou ele. “Temos condicionalidades a serem observadas.”
A partir desta terça, ao menos 128 cidades paulistas reabrem parcialmente as escolas para atividades presenciais de reforço e orientação.
Falando da Escola Estadual Professora Ana Cecília Martins, em Sorocaba, Soares explicou que o que começa nesta terça é a possibilidade da retomada de atividades de reforço ou mesmo de uma roda de conversa para acolher os alunos. “Nossa preocupação é com as competências emocionais”, afirmou ele.
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O secretário ressaltou que os alunos continuam assistindo as aulas pelas plataformas virtuais, e que agora se trata de “atividades presenciais de reforço opcionais”.
Impacto das aglomerações
Soares destacou a importância de avaliar “todo tipo de indicador possível” para verificar se é seguro retomar as aulas presenciais.
“Uma eventual contaminação está ligada também ao que acontece na comunidade. Daqui a 14, 15 dias precisamos avaliar o impacto do episódio das praias no fim de semana”, disse o secretário em referência às aglomerações registradas em diversas praias do litoral paulista ao longo do feriado prolongado. Para ele, “isso pode impactar decisões em relação a volta às aulas”.
“Se alguma região retroceder ou não estiver no amarelo nos últimos 14 dias de setembro, não tem volta as aulas”, frisou.
“Se as pessoas não se comportarem e não respeitarem os protocolos do lado de fora escola, ela nunca poderá reabrir de fato. É importante que a gente fiscalize como sociedade não só a escola, mas todos os espaços”, afirmou ele.
Soares explicou ainda que esse retorno a partir desta terça não é obrigatório aos professores. Dependendo do contrato do profissional, ele pode escolher se dividir entre as aulas virtuais e as atividades presenciais, mas somente se quiser.
Nessa segunda (7), o secretário municipal de Educação de São Paulo, Bruno Caetano, afirmou em entrevista à CNN que a prefeitura da capital paulista não autorizou o retorno às aulas presenciais por ainda não ser seguro.
Segundo Caetano, a prefeitura aguarda um inquérito sorológico que será concluído no dia 20 para permitir as aulas presenciais nas instituições públicas e privadas.