Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Caso Henry: Com Covid-19, Monique Medeiros está isolada em hospital da prisão

    Mãe do menino Henry Borel está internada no Hospital Penal Hamilton Agostinho, onde ficará sob observação médica por período indeterminado

    Weslley Galzo, da CNN, em São Paulo, , Isabelle Saleme e Isabelle Resende, da CNN, no Rio de Janeiro

    Monique Medeiros, mãe de Henry Borel e acusada de envolvimento na morte da criança, testou positivo para a Covid-19 na segunda-feira (19), após solicitar atendimento médico. 

    Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro informou que Monique foi encaminhada ao Hospital Penal Hamilton Agostinho, no complexo de Gericinó em Bangu. Sob os cuidados médicos, a interna foi diagnosticada com Covid-19. 

    De acordo com a Administração Penitenciária, Monique permanecerá internada por tempo indeterminado para realizar o acompanhamento médico de evolução da doença. A suspeita está em prisão preventiva desde o dia 8 de abril no presídio de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro.

     Monique e Dr. Jairinho devem permanecer presos por, no mínimo, 30 dias para evitar obstrução das investigações. Segundo a polícia, o casal intimidou testemunhas e combinou versões de depoimentos prestados às autoridades. 

    A polícia ainda apura a suspeita de tortura de Henry antes do assassinato. O laudo pericial prévio indicou à polícia que o menino apresentou lesões graves por todo o corpo.

    Enquanto isso, a defesa tenta fazer com quem a polícia tome um novo depoimento da professora. 

    Depois de pedir para que a polícia ouça novamente Monique, sem resposta, os advogados pediram a nova oitiva ao Ministério Público. Segundo a defesa, um novo interrogatório é importante pra que Monique possa contar o que aconteceu “sem nenhum tipo de pressão.”

    A equipe do criminalista Thiago Minagé quer provar que a mãe de Henry era vítima de agressões sistemáticas por parte do vereador Dr. Jairinho e que foi coagida a proteger o namorado no primeiro depoimento aos investigadores.

    No dia 17 de março, Monique contou aos investigadores que Jairinho nunca seria capaz de agredir a criança e que o relacionamento entre o namorado e o filho era bom.

    Henry Borel ao lado da mãe, Monique Medeiros
    O menino Henry Borel ao lado da mãe, Monique Medeiros; polícia investiga ela e padrasto, o deputado Dr. Jairinho, pela morte da criança
    Foto: Reprodução/CNN Brasil

    Questionado sobre a possibilidade de o Ministério Publico forçar a polícia a ouvir Monique novamente, o delegado do caso, Henrique Damasceno, não quis se manifestar. Na tarde desta segunda-feira (19) ele se reuniu com a equipe de investigação para avaliar o fechamento do inquérito, que deve acontecer essa semana.

    A polícia sustenta que Monique e Jairinho agiram juntos na morte da criança. Segundo o investigadores, não foi encontrada prova de que e a mãe do menino Henry vinha sofrendo ameaças ou agressões e nem que foi obrigada a combinar uma versão sobre o caso.

    Já os novos advogados de Jairinho não adiantaram a linha adotada pela defesa. O criminalista Braz Sant’Anna alega que ainda não teve acesso aos detalhes da investigação.

    Além do inquérito que apura a autoria do homicídio do menino Henry, Jairinho também é investigado em outros dois, que apuram agressões cometidas a outras duas crianças. As denúncias foram feitas por ex-namoradas do vereador.

    Situação política do vereador 

    Por decisão da presidência da Câmara Municipal do Rio, o vereador Dr. Jairinho foi desligado da vaga que ocupava na Comissão de Justiça e Redação, a mais importante da casa.

    O desligamento levou em conta a expulsão de Jairinho do partido Solidariedade. É que o regimento da Câmara estabelece que as vagas nas comissões pertencem aos partidos e blocos parlamentares.

    Esse é o segundo afastamento sofrido pelo vereador desde a prisão, em 8 de abril. Ele também foi removido preventivamente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. 

    Enquanto isso, parlamentares colhem assinaturas para fazer uma representação contra Jairinho. Caso seja aberto um processo disciplinar, o vereador pode até ter o mandato cassado.

    Tópicos