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    Mortes violentas crescem 7,1% apesar da pandemia

    Mortes violentas intencionais incluem homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais

    Paula Martini, da CNN, no Rio

    O Brasil registrou 25.712 mortes violentas intencionais no primeiro semestre de 2020, de acordo com o 14º Anuário de Segurança Pública. O número representa um aumento de 7,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, apesar do contexto de isolamento social por causa da pandemia da covid-19.

    As mortes violentas intencionais incluem homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais.

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    Carro da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ)
    Carro da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ)
    Foto: Divulgação/PMERJ

    A pesquisa mostra que o principal grupo de risco para a violência letal no país são os homens negros e jovens. Em 2019, 74,4% das vítimas de mortes violentas intencionais eram pessoas negras e  25,3% pessoas brancas.

    Os negros também são as maiores vítimas de mortes provocadas pela polícia. De todos os mortos por intervenção policial no ano passado, 79% eram negros. Em contrapartida 65% dos policiais assassinados eram pretos ou pardos.

     Entre os tipos de violência intencional que apresentaram maior crescimento no primeiro semestre de 2020 estão os homicídios dolosos (8,3%) e as mortes decorrentes de intervenção policial (6%). 

    Violência contra a mulher 

    No primeiro semestre de 2020 o número de feminicídios teve alta de 1,9%. Os registros de violência doméstica caíram 9,9%, mas os chamados para 190 aumentaram 3,8%.

    Em 2019, 66,6% das vítimas de feminicidio do país eram negras. O número de feminicidios chegou a 1.326, com um crescimento de 7,1% em relação a 2018.

    Em 2019, a média era de uma agressão física contra mulher a cada dois minutos. Foram registrados 266.310 casos durante todo o ano.