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    Governo envia duas aeronaves da Força Aérea para resgatar brasileiros no Peru

    Fronteiras do país vizinho estão fechadas desde o dia 15 de março

    Da CNN, em São Paulo

    O governo federal anunciou o envio de duas aeronaves da Força Aérea Brasileira para o resgate de brasileiros que estão isolados em Cuzco, no Peru, em razão da pandemia do coronavírus. A previsão dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores é que os aviões retornem ao país na noite de quinta-feira.

    Os aviões C-130 (Hércules) decolaram na manhã desta terça-feira (24). O primeiro saiu do Rio de Janeiro e fez uma escala em Porto Velho antes de chegar na cidade peruana. A segunda aeronave partiu de Belém e também parou na capital de Rondônia antes de seguir para Cuzco, na manhã de quarta.

    De acordo com nota conjunta da Defesa e do Itamaraty, a operação resgatará os brasileiros identificados pela Embaixada do Brasil e que não puderam retornar por outros meios — também estão previstos voos comerciais partindo de Cuzco e de Lima. 

    Impasse

    O Peru anunciou o fechamento da fronteira no dia 15. Dois dias depois, o governo daquele país havia autorizado a repatriação de estrangeiros. Entretanto, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, recentemente a Gol e Latam tinham seis voos programados para buscar brasileiros no país, mas dois deles foram suspensos de última hora, na sexta-feira, pelo governo peruano.

    “No Peru, praticamente de um dia para o outro o governo decidiu fechar sua fronteira”, relata Nissim Jabiles, o diretor-geral da Avianca para Brasil, Equador e Peru. Todas as companhias aéreas agora precisam disputar um espaço entre os seis voos diários permitidos no aeroporto de Lima. 

    “Antes, esse aeroporto podia atender até 400 voos por dia. Tenho pedidos não só da embaixada do Brasil, mas de todos os países”, afirmou. A empresa disse trabalhar para ter um voo de volta para o Brasil nessa semana.

    O executivo defendeu ainda a atuação da companhia, que estaria trabalhando intensamente para conseguir a liberação o mais rápido possível. “Não temos certeza de quando essa permissão vai sair”, disse, e emendou: “tem de ter paciência. Não temos autoridade para operar um voo sem liberação”. O prazo do governo é de que o fechamento da fronteira deve durar até o fim deste mês.

    O problema também acontece com brasileiros em outros países. No domingo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disponibilizou um formulário online para receber informações de brasileiros que têm passagem aérea comprada e não estejam conseguindo voltar para o País (Cadastro pelo link: http://www.anac.gov.br/brasileironoexterior). Até às 18 horas da segunda-feira, o site tinha um total de 10.929 cadastros. 

    Os principais locais, segundo a Anac, são Portugal, Peru, África do Sul, México e República Dominicana. De acordo com Sanovicz, as aéreas associadas à Abear já trouxeram de volta ao País aproximadamente 16 mil pessoas desde o dia 19 de março. Com Estadão Conteúdo

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