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    Desmatamento na Amazônia cresce 59% em julho e registra maior taxa em 6 meses

    Apenas neste mês, o Inpe registrou o total de 1.654,32 km², que representa 59% em relação a junho deste ano

    Giovanna Bronze, , da CNN Brasil, em São Paulo

    A região da Amazônia Legal teve o maior índice de desmatamento registrado de janeiro a julho na região desde 2015: 4.731 km². O registro foi feito na plataforma de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),

    O total foi atingido com a soma dos dados de julho, consolidado nesta sexta-feira (7). Apenas neste mês, o Inpe registrou o total de 1.654,32 km², que representa 59% em relação a junho deste ano (1.039,39 km²).

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    No entanto, o maior índice registrado em julho foi de 2.255,33km², no ano passado. Mesmo assim, os dados de 2020 já superaram os de 2019, que totalizou 4.702 km² de janeiro a julho. 

    O desmatamento segue crescendo, com aumento constante: em fevereiro, a área registrada foi de 185,38km², enquanto em março subiu para 326,94km² e abril com 407,2km². Em maio e junho, foram registradas também as maiores taxas históricas de desmatamento nos meses, com 833,22 km² e 1.039,39 km², respectivamente.

    Estados com mais desmatamento

    Entre os estados brasileiros, o Pará é o que registrou maior área desmatada em 2020 até o momento: 1.899 km². Se for analisado os números dos últimos 12 meses, a região desmatada soma quase 3.000 km². Em segundo, está o Mato Grosso, com 1.015km², seguido pelo Amazonas (827km²) e por Rondônia (600km²). 

    Os dados levantados pelo Inpe são de desmatamento com solo exposto, desmatamento com vegetação e áreas que foram mineradas.

    Amazônia Legal também sofreu com queimadas

    No mês de julho, o território da Amazônia Legal teve 10.639 pontos detectados pelo satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no Programa Queimadas. 

    O número foi o maior para o mês também quando comparado com 2018 (7.572), 2015 (5.808), 2014 (6.427), 2013 (5.415), 2012 (8.364), 2011 (4.846), 2009 (4.764), 2008 (8.693), 2006 (10.456), 2001 (3.715), 2000 (2.657), 1999 (5.681) e 1998 (5.706).

    De janeiro a junho de 2020, o Inpe também já registrou 26.868 pontos de queimadas na Amazônia – maior do que o registrado no mesmo período de 2019, que totalizou 25.209.

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