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    Mais de 301 escolas municipais retornam às aulas presenciais no Rio de Janeiro

    Outras 63 unidades têm previsão de reabertura para amanhã (22)

    Lucas Janone, , da CNN, no Rio de Janeiro

    O retorno gradual às aulas presenciais na cidade do Rio de Janeiro continua. Acontece nesta quarta-feira (21) a reabertura de mais 301 escolas da rede municipal de ensino, depois de mais de um ano fechadas.

    A expectativa da prefeitura do Rio é que outras 63 unidades reabram nesta quinta-feira (22), totalizando 783 escolas municipais da capital com atividades presenciais. Desse modo, todos os alunos do ensino fundamental já terão retorno às aulas de maneira presencial

    Para o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, a reabertura das aulas tinha que acontecer. “As escolas municipais do Rio ficaram cerca de um ano fechadas, sem atividades pedagógicas presenciais. Sabemos que nossas crianças precisam da escola para aprender e se desenvolver”, disse Ferreirinha. 

    Entretanto, o secretário afirmou que todas as medidas para evitar o contágio pelo Covid-19 nas escolas vão ser adotadas nesse retorno, como a utilização de máscaras e álcool em gel. O distanciamento deve ser de 1,5 metro e os horários de entrada, saída e recreio serão escalonados. As refeições vão acontecer nas salas de aula e os bebedouros foram adaptados para copos e garrafas.

    Vacinação

    Associações nacionais ligadas à educação brasileira comemoraram, na madrugada desta quarta-feira (21), a decisão da Câmara dos Deputados que reconheceu as aulas presenciais como serviços essenciais durante a pandemia de Covid-19. Dessa forma, a educação básica e superior está autorizada a retornar, a partir da criação de diretrizes para o setor.

    À CNN, a Associação Brasileira de Educação Infantil (Asbrei) afirmou que apoia o projeto de lei que determina a reabertura das unidades de forma definitiva. E em nota, destacou que a interrupção por mais de um ano durante a pandemia “pode ter comprometido o futuro de uma geração inteira”.

    Para o vice-presidente da Asbrei, Frederico Venturini, a educação para as crianças é essencial para o funcionamento da sociedade e deve acontecer mesmo durante a crise sanitária causada pela Covid-19.

    “Existem alunos que estão afastados da escola há mais de um ano. Por isso, foi muito importante a aprovação da lei que determinou que a educação básica e superior passem a ser atividades essenciais,” salientou.

    Ele afirmou, entretanto, que a volta às atividades será feita de forma segura: “Apesar do retorno, as escolas vão continuar seguindo os protocolos sanitários, que consistem em utilização de máscara, distanciamento social e higienização constante”, ressaltou Frederico Venturini.

    Questionada pela CNN, representantes da Associação Brasileira de Educação (Abe) também disseram concordar com o retorno imediato às aulas presenciais. A instituição, com sede fixada no Rio de Janeiro, afirmou em nota que protesta contra a paralisação das aulas desde o início da pandemia. 

    A Câmara dos Deputados concluiu na madrugada desta quarta-feira (21) a votação do projeto que considera aulas presenciais de educação básica e superior como serviços e atividades essenciais, inclusive durante a pandemia, e que cria diretrizes para o retorno às escolas.

    O texto-base foi aprovado por 276 votos a favor e 164 contrários. Os deputados rejeitaram propostas de modificação ao texto, que agora vai ao Senado.

    Autora do texto, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) defendeu a reabertura de escolas durante a pandemia. “Esta proposta garante o protagonismo da educação, trazendo alunos para a sala de aula. Muitos estão passando dificuldades – abusos sexuais, violência doméstica e, principalmente, falta de alimentação”, afirmou.

    Lideranças da oposição, porém, questionaram o projeto. A líder do Psol, Talíria Petrone (RJ), acredita que o retorno presencial deve acontecer apenas depois da vacinação em massa dos profissionais da educação. 

    “Quem defende que a educação é essencial e que a escola é importante deveria estar pensando em propostas que garantam um retorno seguro às aulas, e não votar matéria para fazer lobby da escola privada”, declarou.

    Os profissionais de ensino também são contrários ao retorno. O Sindicato Estadual de Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe) explicou à CNN que realiza uma greve “a favor da vida” contra o retorno, pois acredita que a volta vai acarretar em mais casos e mortes pela doença.

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