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    Feminicídio aumentou 46% em SP, diz Fórum Brasileiro de Segurança Pública

    O estudo mostra que 19 mulheres foram assassinadas em São Paulo, durante o mês de março. No estado, o crescimento foi de quase 8%

    Daniel Motta , da CNN, em São Paulo

    No primeiro mês da quarentena os casos de femicídio aumentaram e as brigas de casais também, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O estudo mostra que 19 mulheres foram assassinadas em São Paulo, durante o mês de março, um aumento de 46,2% quando comparado com o mesmo período de 2019.

    No estado, o aumento foi de 7,9%. As menções sobre brigas de casais nos meios digitais aumentou 431%, segundo o estudo.

    De acordo com o FBSP, os dados foram coletados nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte, Pará, Acre, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, através das secretarias de segurança pública.

    Segundo o levantamento, no Mato Grosso os registros de feminicídio aumentaram de 2 casos em 2018 para 10 este ano, um aumento de 400%. Já no Rio Grande do Norte, foram quatro casos em março deste ano, contra um caso em março de 2019. No Rio Grande do Sul, os números de feminicídio não se alteraram em março em comparação ao ano passado e fechou o mês com 11 casos.

    “No Pará os feminicídios também se mantiveram estáveis em março, mas no trimestre o crescimento foi de 185%, passando de 7 para 20 vítimas este ano. Já no Acre ocorreu uma pequena redução dos homicídios de mulheres, de 3 para 2 casos, mas os feminicídios passaram de 1 para 2”, diz o FBSP.

    Além dos dados das secretarias estaduais, o FBSP encomendou uma pesquisa ao a agência Decode Pulse nos meios digitais, que aponta que houve um aumento de 431% nos relatos na internet sobre brigas de casais.

    A pesquisa analisou 52.315 menções no Twitter, durante os meses de fevereiro e abril.

    “As evidências coletadas na pesquisa digital vão ao encontro do que dizem os registros oficiais. As mulheres estão, de fato, mais vulneráveis por conta das medidas de confinamento social e da quarentena, o que não significa que se trata de um recente em nossa sociedade”, diz Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. “A violência foi agravada a partir do momento em que as pessoas precisaram ficar em suas casas para preservar sua saúde.”

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