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    Bahia mostra que se preocupa com luta antirracista no futebol, diz especialista

    Idealizador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol analisou a postura do Bahia, após jogador do clube ser acusado de racismo por flamenguista

    da CNN, em São Paulo

    Na madrugada desta segunda-feira (21), o Esporte Clube Bahia anunciou que afastou das atividades do clube o meia colombiano Juan Pablo Ramírez, em período ainda indeterminado, até ser apurada a acusação de racismo contra o atleta. 

    Após vitória do Flamengo por 4 a 3 contra o Bahia neste domingo, o meia Gerson, do rubro-negro, acusou Ramírez de ter cometido injúria racial contra ele. Em entrevista concedida após o jogo, o flamenguista afirmou que, durante uma discussão, Ramírez disse a ele: “cala a boca, negro”. Ontem mesmo o Bahia anunciou a demissão do técnico Mano Menezes.

    Para Marcelo Carvalho, idealizador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, a postura do clube foi “exemplar”.

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    Gerson, do Flamengo, durante partida contra o Bahia no estádio Maracanã
    Gerson, do Flamengo, durante partida contra o Bahia no estádio Maracanã
    Foto: Jorge Rodrigues/Agif/Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo

    “Nas redes sociais muito se cobrava do Bahia para que mostrasse de fato ser um clube ligado à questão racial. E demonstrou isso porque quando suspende Ramírez, dá ênfase à voz da vítima e isso é muito importante”, argumentou.

    “Porque nós vivemos no Brasil que sempre duvida da pessoa que denuncia racismo. Ontem, o Mano fez isso. A primeira coisa que fez foi colocar em dúvida a palavra do Gerson, chamando-o de malandro por denunciar o racismo e dizer que seu atleta jamais cometeria esse ato”, prosseguiu.

    Na avaliação de Carvalho, ao suspender o meia para averiguar se de fato houve ofensa, o Bahia “está mostrando que é um clube que está preocupado com a luta antirracista.”

    (Publicado por: André Rigue)

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