Megaoperação da Interpol prende três bolsonaristas considerados foragidos no Paraguai e procura outros dois
Entre os procurados, está o blogueiro Oswaldo Eustáquio, que tinha mandado de prisão em aberto e estava com pedido de asilo provisório
A Polícia Nacional paraguaia e a Polícia Federal (PF) brasileira prenderam três brasileiros e tentaram prender outros dois no Paraguai nesta quinta-feira (14), em uma operação da Interpol.
Entre os foragidos, está o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio.
Os três presos estavam com mandados de prisão em aberto, expedidos pela Justiça do Brasil, mas tinham asilo provisório no país vizinho, que expirou.
Os três presos
A CNN revelou que um dos presos é Wellington Macedo, condenado por tentativa de ataque à bomba no aeroporto de Brasília, na véspera do Natal do ano passado.
O segundo preso foi Max Pitangui, natural do Espírito Santo, que se mudou para o Paraguai após ter mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é suspeito de liderar atos antidemocráticos, segundo a PF.
O terceiro preso é Rieny Munhoz, também foragido da PF pelos atos antidemocráticos.
Eustáquio fora de casa
A CNN apurou que as polícias dos dois países, nessa operação internacional, tentaram prender também Oswaldo Eustáquio e Salomão Vieira de Jesus, sem sucesso. Equipes da polícia foram à casa de Eustáquio, mas ele não estava lá.
A reportagem obteve um ofício que mostra que os cinco investigados foram chamados para comparecer pessoalmente nesta quinta-feira na sede do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) para tratar do pedido de asilo no país. O órgão é responsável por aceitar ou não pedidos de refúgio no país.
A ida era para ter comunicação oficial da negativa do asilo no país. Ao sair do prédio, os três foram presos e devem ser transferidos para seus estados de origem.
Os outros dois que não compareceram, mas também tiveram o asilo negado, vão entrar com apelação da decisão, mas podem ser presos se forem achados pela polícia.
Salomão de Jesus não foi ao Conare porque estaria doente, e Oswaldo Eustáquio estava na Isla Margarita, local que só tem acesso de barco ou avião de pequeno porte.
A reportagem não localizou os defensores dos suspeitos que foram detidos.