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    O Grande Debate: ações contra apoiadores de Bolsonaro são exageradas?

    Augusto de Arruda Botelho e Caio Coppolla debateram nova ação da Polícia Federal no âmbito das investigações de atos antidemocráticos

    Da CNN, em São Paulo

    No Grande Debate da noite desta terça-feira (16) na CNN, Caio Coppolla e Augusto de Arruda Botelho discutiram a nova operação da Polícia Federal (PF) no âmbito da investigação sobre atos antidemocráticos praticados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O tema do debate foi: ações contra apoiadores de Bolsonaro são exageradas?

    Augusto mencionou uma carta do Supremo Tribunal Federal (STF) para justificar a operação, em que relembra que é ilegal manifestações que atentem contra a ordem democrática. Apesar de enxergar o trâmite correto, ele questiona o método de busca e apreensão, especialmente contra o blogueiro Allan do Santos, que na semana passada teve a PF em sua casa por conta das investigações das fake news. “Busca e apreensão pressupõem surpresa. Não se faz busca na residência de alguém que sofreu esta medida na semana passada, o elemento surpresa é imprescindível nesta situação. Porém, apesar de ter minhas críticas quanto ao método, os fatos investigados são graves.”

    Em sua argumentação inicial, Caio disse que “há exagero em todos os inquéritos que envolvem o presidente e seus apoiadores”, e criticou o STF por entender que a Corte é “irrecorrível” e por enxergar a falta de um objetivo no inquérito das fake news. “O inquérito das fake news apura qualquer coisa que afete a sensibilidade dos ministros. Ele é genérico e tem sido estendido para abarcar a tudo e a todos.”

    Augusto então relembrou que as investigações ocorridas nesta semana não são do inquérito das fake news, mas sim das investigações das manifestações antidemocráticas, que foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele disse também que os pedidos de busca e apreensão foram feitos de maneira monocrática pelo STF, e que se as partes afetadas quisessem, poderiam recorrer sobre a decisão ao colegiado da Corte.

    Caio rebateu: “Os inquéritos são complementares. Um é ilegal e outro foi levantado pela PGR. O alvo dos dois são os apoiadores do presidente. Há aqui objetivo não confessado, que é municiar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo de cassação da chapa de Jair Bolsonaro. Ele disse ainda que vê as ações como tentativas para “achar pelo em ovo e destituir o governo eleito.”

    Por sua vez, Augusto entende que os apoiadores de Bolsonaro são alvo de inquéritos não por conta de um conluio, mas porque são eles quem atentam contra a democracia durante suas manifestações. Ele também lembra que a investigação no TSE é anterior aos fatos investigados pelo STF e PGR. 

    “Não vejo perseguição nenhuma, especialmente que a investigação foi pedida pela PGR nomeado por Bolsonaro. Sobre a teoria de conspiração do TSE, o processo que corre lá é posterior aos fatos investigados nestas últimas semanas.”

    (Edição: André Rigue)

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