Ausência de barcos mudou comportamento de golfinhos em Fernando de Noronha
Com a ausência humana, os mamíferos começaram a passar o dobro do tempo na costa, segundo pesquisadores
A ausência do movimento de barcos e turistas em Fernando de Noronha, em Pernambuco, afetou o comportamento dos golfinhos.
A conclusão é de pesquisadores da região que retomaram os trabalhos no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
De acordo com o grupo, antes da pandemia, os animais chegavam a passar três horas na região da Baía do Golfinho. Com a ausência humana, os mamíferos começaram a passar o dobro do tempo na costa – cerca de seis horas.
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Por enquanto, Noronha reabriu o turismo apenas para pessoas que tiveram Covid-19. Para conseguir entrar na ilha, será necessário comprovar que já teve a doença, enviando um exame RT-PCR de mais de 20 dias ou exame com IgG positivo, ou seja, que já possui os anticorpos no organismo.
Os comprovantes devem ser enviados de forma online junto à Taxa de Permanência (TPA), obrigatória para o ingresso em Noronha.
Nova etapa do turismo
A partir de 10 de outubro, a entrada será liberada para todos os turistas. Segundo o administrador da ilha, Guilherme Rocha, a nova etapa de abertura seguirá uma série de medidas, entre elas, a obrigatoriedade da realização do teste RT-PCR no dia anterior do embarque ou na data da viagem.
O aplicativo Dycovid – Dynamic Contact Tracing deverá ser baixado pelo turista durante sua estada. A plataforma notifica o usuário em caso de um contato de alto risco de contaminação, de forma que a transmissão do vírus seja controlada. Quando algum usuário sinaliza que está contaminado, todos que tiveram contato são alertados.
Os turistas também deverão assinar um termo de compromisso concordando com o cumprimento do protocolo sanitário e das orientações da Vigilância Sanitária. O termo vale também para trabalhadores e prestadores de serviço.
No desembarque em Noronha será feita a medição de temperatura e não será permitida a entrada de pessoas com sintomas de febre. O uso de máscara em locais públicos é obrigatório, sob pena de multa em caso de descumprimento.
Quando o visitante deixar a ilha será necessária a realização de um novo RT-PCR para que haja um controle de uma possível contaminação comunitária.
(Com informações de Tiago Tortella e Gabriel Passeri, da CNN em São Paulo)