Suspensão de réveillon no Rio é absurda, diz presidente da associação de hotéis
Alfredo Lopes, presidente da ABIH-RJ, criticou a decisão tomada 'sem conversar com a iniciativa privada, sem ter um plano B'
A indústria de hotéis reagiu com indignação à decisão da prefeitura do Rio de Janeiro de suspender as comemorações do réveillon por causa da pandemia do novo coronavírus.
“É um absurdo esse cancelamento, sem conversar com a iniciativa privada, sem ter um plano B”, disse à CNN Alfredo Lopes, presidente da Associação de Hotéis do Estado do Rio (ABIH-RJ).
Segundo Lopes, a entidade vinha discutindo com a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro – Riotur uma comemoração alternativa que evitasse as tradicionais aglomerações na praia de Copacabana.
Ele conta que o plano era promover queimas de fogos em vários pontos turísticos da cidade, como Corcovado, Pão de Açúcar, Aterro do Flamengo e nas mais de 20 praias da cidade.
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O réveillon é uma das festas que mais atrai turistas ao Rio de Janeiro. Segundo a Riotur, a cidade recebeu 1,7 milhão de pessoas na festa de 2020 – 80% brasileiros e 20% estrangeiros. A taxa média de ocupação dos hotéis da cidade chegou a 99%.
Antes da decisão tomada pelo Rio de Janeiro, a prefeitura de São Paulo também já havia decidido cancelar a comemoração do réveillon na Avenida Paulista.
Para a indústria de bares e restaurantes, a suspensão das festas nas maiores cidades do país pode ser até positiva o para o setor.
“Sou a favor do cancelamento. Pode provocar uma segunda onda de casos nas cidades”, diz Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Conforme Solmucci, o cancelamento dos shows ao ar livre pode estimular as pessoas a irem a bares e restaurantes para uma comemoração mais “controlada” do réveillon.